Mesmo que ainda falte pouco mais de dois meses para o início dos Jogos Olímpicos de Paris-2024, a seleção brasileira de vôlei masculino já vai tomando forma. O técnico Bernardinho já revelou alguns nomes confirmados na equipe brasileira do megaevento e um deles é o de Thales. O líbero comentou sobre a escolha do treinador após a partida contra Cuba e se mostrou muito contente.
“Vinha eu e o Maique treinando no grupo e ele acabou me escolhendo. Sabemos que na Olimpíada é só um líbero. A gente teve uma reunião e o Bernardinho falou que eu seria o escolhido”, disse Thales. “Fiquei muito feliz por ele ter me escolhido e por ter sido mais cedo, o que dá uma certa tranquilidade. Mas não vou relaxar porque estou muito focado e quero jogar bem em Paris. Tomara que eu consiga evoluir e o time também”, falou.
Honorato como segundo líbero
A Liga das Nações de vôlei permite que até 14 jogadores sejam relacionados em uma partida, sendo dois líberos, mas nos Jogos Olímpicos esse número cai para 12 atletas inscritos e um líbero. Bernardinho optou por relacionar apenas Thales como líbero de ofício na VNL, deixando Maique de fora da relação. Em seu lugar, foi inscrito Honorato, que é ponteiro. A ideia do treinador é testar a versatilidade da equipe pensando em Paris.
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“Ele está usando o Honorato porque o 13º homem precisa ter mais de uma função. Não necessariamente ele seria o 13º, pode estar entre os 12. Se o Maique fosse o 13º ele não poderia jogar como oposto ou ponteiro, então ele precisa de alguém que faça mais de uma função”, explicou Thales, referindo-se ao jogador reserva que poderá substituir um jogador no torneio olímpico em caso de lesão ou outro tipo de desistência.
“Acho que Honorato é capaz de jogar como líbero, espero que ele não precise porque espero que eu não me machuque. Ele tem capacidade, assim como o (Maurício) Borges ou os outros ponteiros”, completou o líbero, que tem 35 anos de idade. Além de Maurício Borges, o Brasil tem Leal, Lucarelli, Adriano, Arthur Bento e Lukas Bergmann relacionados na primeira semana de jogos da VNL.
Melhor temporada da vida
Aos 35 anos de idade, Thales vive um dos melhores momentos de sua carreira. Depois de deixar o vôlei brasileiro, ele migrou para a Polônia e disputou a última temporada pelo Bogdanka LUK Lublin. Em sua própria avaliação, Thales cresceu muito nos fundamentos atuando em solo europeu e fez uma boa temporada. Ele chegou a ser o melhor líbero do primeiro turno e o segundo melhor do segundo turno.
“Na seleção acho que já fiz temporadas boas, mas em clube acho que foi a melhor. Tenho que agradecer o time pelo suporte, minha família foi para lá. Não é fácil, Polonia é outra cultura. Mas a gestão e o técnico me deram confiança desde o início. Os companheiros também me receberam muito bem, só tenho a agradecer. Gostei muito da cidade também. Foi minha melhor temporada”, finalizou.