O Brasil perdeu sua partida de estreia na Liga das Nações de vôlei masculino. Em jogo que marcou a reestreia de Bernardinho no comando da equipe, a seleção perdeu para Cuba por 3 sets a 1 (25/23, 27/29, 25/20 e 25/21), na noite desta terça-feira (22). Após a partida, os jogadores brasileiros analisaram o duelo e entenderam que o forte saque cubano e um bloqueio agressivo foram os pontos chaves para a derrota verde-amarela na VNL.
“Eles foram melhores do que a gente, foram mais agressivos no saque e tiveram mais êxito nos contra-ataques. Eles foram mais voluntariosos do que a gente e isso não pode acontecer. Hoje talvez tenha sido importante para nós entendermos que a pancadaria é essa, que a gente precisa defender mais, contra-atacar melhor. São coisas que precisamos melhorar para esses três próximos jogos aqui e para os nossos próximos três meses”, falou o capitão Bruninho.
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“A gente teve alguns desajustes, erros individuais, de técnica individual de bloqueio, bolas passando no meio do braço, batendo e entrando no nosso campo. É um time difícil de bloquear, que vem sempre com o braço pesado no ataque”, falou Flávio. “Eles sacaram melhor que a gente o jogo inteiro e o bloqueio deles foi melhor. Eles souberam trabalhar melhor os momentos e saímos perdendo nessa partida”, completou Lucarelli.
Cuba marcou dez pontos de bloqueio e anotou sete aces, sendo quatro deles do ponteiro Yant, maior pontuador da equipe com 18 pontos. Em contrapartida, o Brasil anotou quatro pontos de bloqueio e teve quatro aces – dois deles em finais de set, em momentos em que a seleção estava atrás do placar. O Brasil marcou 60 pontos de ataque (um a mais do que Cuba) e teve 26 erros (mesma quantidade dos adversários).
Testes antes de Paris
O principal jogador da seleção brasileira contra Cuba foi Leal, que anotou 19 pontos e foi o maior pontuador do jogo. O cubano naturalizado brasileiro foi o homem de desafogo nas viradas de bola dos levantadores Bruninho e Cachopa e teve boas passagens de saque, que por muitos momentos geraram boas sequências de pontos para o Brasil. Apesar da boa atuação individual, o ponteiro se mostrou descontente após a partida.
“Fiz a minha parte, procuro sempre ajudar bem o meu time. Eles jogaram um grande vôlei hoje. Não tem que olhar a minha atuação, a gente não conseguiu ganhar que era o mais importante. Estou feliz, mas estou decepcionado. A gente iniciou com o pé esquerdo, mas temos margem de crescermos mais. Temos muito o que melhorar. A gente tem que estudar um pouco quantos erros cometemos e o que saiu mal para jogar com a Argentina melhor”, disse Leal.
Bernardinho quer utilizar a Liga das Nações como um laboratório de testes para os Jogos Olímpicos de Paris-2024. Como o treinador voltou à seleção recentemente, ainda está ajustando muitas peças e buscando uma rotação ideal. Além disso, os jogadores acreditam que ainda não estão com o entrosamento adequado, uma vez que nem todos eles participaram do período integral de treinamentos preparatórios em Saquarema.
“É um início de trabalho, a gente sabia que ia ser difícil. Talvez precisemos entrar ainda mais com a faca nos dentes para enfrentar essas equipes que estão com a corda no pescoço porque eles precisam de pontos para classificar para a Olimpíada. Mas também temos que ter um pouco de paciência. É lógico que temos muito a crescer e muito a evoluir, é um trabalho que precisa ser muito azeitado ainda, não só de entrosamento, mas de sistema também”, falou Bruno.
Sequência da VNL
Após a derrota para Cuba, o Brasil volta a jogar na VNL na quinta-feira (23), às 21h, contra a Argentina, no Maracanãzinho. Depois, a equipe duelará contra a Sérvia, na sexta-feira (24), também às 21h. Por fim, fechando a primeira semana, a seleção brasileira jogará contra a Itália, no domingo (26), às 10h. A VNL conta com três etapas na primeira fase, em que os sete primeiros colocados, além da Polônia (país-sede) avançam à fase final.