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Zé Roberto comemora fim do tabu, mas diz: “poderia ter sido melhor”

Zé Roberto Guimarães elogia vibração e sintonia na vitória contra os EUA, mas indica pontos a serem melhorados

Zé Roberto Guimarães aplaudindo jogadoras da seleção brasileira
(Foto: FIVB)

A seleção brasileira e vôlei feminino quebrou um incômodo tabu que já durava cinco anos sem vencer os Estados Unidos. Diante de um Maracanãzinho lotado, a seleção comandada por Zé Roberto Guimarães ganhou das atuais campeãs olímpicas por 3 sets a 1, na noite desta sexta-feira (17). Após o jogo, o treinador vibrou com a vitória, mas destacou que ainda há pontos a serem melhorados na equipe.

“Foi bom, mas poderia ter sido melhor. Porque a gente sofreu no terceiro set, mudaram o saque e a gente demorou para sair daquela situação. Muitas vezes na Olimpíada, você não tem tempo. Você precisa mudar rápido. Agora sabemos o que elas podem fazer no futuro e temos estratégias para mudar. Mas o que a gente pode falar de uma vitória dessa é que nós precisávamos”, disse o treinador.

“Cinco anos sem ganhar dos Estados Unidos e, em casa, diante da nossa torcida. Melhor, impossível. É que técnico sempre quer mais. Sofremos no terceiro set, estávamos sofrendo no quarto até 15 a 15, depois conseguimos abrir. O jogo ficou mais ao nosso favor porque melhoramos a agressividade no saque, já que não estávamos sacando no lugar que havíamos estabelecido. A líbero tocou demais na bola e não podia”, completou.

Com uma bela atuação, o Brasil venceu os dois primeiros sets depois de abrir amplas vantagens em cada uma das parciais, fazendo 25/22 e 25/16, respectivamente. O cenário mudou na terceira parcial, quando os Estados Unidos cresceram e fizeram um set dominante, vencendo por 25/18. Depois, a seleção brasileira se recuperou e ganhou o quarto set por 25/19.

Sincronismo dentro de quadra

Assim como aconteceu na partida contra o Canadá e a Coreia do Sul, Zé Roberto destacou que a defesa ainda é o principal ponto a ser melhorado na equipe brasileira. “O sistema defensivo é o que mais me incomoda ainda. Nós tomamos algumas bolas na diagonal, na posição cinco, que temos que melhorar. A gente precisa evoluir ali, não pode cair a quantidade de bolas que caiu”, falou.

Por outro lado, o treinador três vezes campeão olímpico elogiou o entrosamento e a sintonia demonstrada pelas jogadoras no duelo contra os Estados Unidos. Impulsionado por uma eufórica torcida que lotou o Maracanãzinho, as jogadoras demonstraram muito ímpeto dentro de casa e vibraram a cada ponto na vitória que levou o Brasil à liderança isolada da VNL.

“O que a gente tem que buscar é exatamente essa energia que eu vi dentro da quadra hoje. Estava lindo, ali do lado delas, ver como elas estavam se comportando. A energia estava no ar. Isso é bom. é a melhor coisa do mundo. Quando você que o time errou e não abaixa a cabeça, luta, briga e vai de novo. É isso que a gente precisa”, falou Zé Roberto.

“O entrosamento não é só no side out, você vê principalmente na transição, na hora que vai contra-atacar, quando as pessoas têm que se arrumar rápido. Quanto mais rápido nosso time conseguir se arrumar para contra-atacar e mais equilibrado tiver, melhor. Nosso time está começando a ter uma qualidade melhor e contra-atacando com mais jogadoras, o que fica mais difícil marcar”.

Fim da primeira semana

Depois das três vitórias seguidas, o Brasil voltará a jogar pela VNL neste domingo (19), às 10h, contra a Sérvia, também no Maracanãzinho. A reedição da final do último Mundial será o último duelo da seleção brasileira nesta primeira etapa da Liga das Nações. Depois do Rio de Janeiro, o time verde-amarelo partirá para Macau, onde jogará na segunda semana.

Paulistano de 22 anos. Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Estou no Olimpíada Todo Dia desde 2022. Cobri os Jogos Mundiais Universitários de Chengdu e os Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023.

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