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Vôlei

Adaptabilidade é trunfo de Rosamaria no sonho de ir a Paris

Ponteira/oposta da seleção brasileira, Rosamaria pode atuar em múltiplas funções e sai na frente por lugar em Paris

Rosamaria, que jogou como oposta, em ação durante partida do Brasil contra o Canadá na VNL; ela também pode ser ponteira
(Foto: Maurício Val/Inovafoto/CBV)

Rio de Janeiro – Rosamaria é sinônimo de adaptabilidade. Podendo ser utilizada como ponteira ou oposta, ela tem sido uma das peças “coringa” de Zé Roberto Guimarães nas convocações da seleção brasileira de vôlei feminino nos últimos anos. E essa diversidade de funções é um dos trunfos para a atleta no sonho de disputar os Jogos Olímpicos de Paris-2024.

“É sempre muito importante e útil poder ajudar o time com a maior possibilidade de opções possíveis, deixar essa dúvida na cabeça do Zé. Eu tenho treinado nas duas posições e acho que isso sempre me ajudou e contribuiu para minha carreira, principalmente na seleção. É isso o que sempre busco”, disse Rosamaria ao Olimpíada Todo Dia após a partida contra o Canadá na estreia da VNL 2024.

Mesmo tendo sido nomeada como ponteira na lista de convocação, Rosamaria atuou como oposta diante do Canadá. Zé Roberto a escolheu para ser titular, bancando Kisy – única oposta convocada para o jogo. Rosa esteve em quadra em praticamente três sets inteiros e marcou 12 pontos na vitória por 3 sets a 1, sendo dez de ataque, um de bloqueio e um de ace.

“Estou disponível e disposta a fazer o meu melhor. Esse ano eu tenho jogado mais como oposta, assim como no ano passado. Nos outros anos, joguei praticamente só como ponteira. Então, essa adaptação para mim também é importante. A minha cabeça está pronta para me adaptar ao que for necessário”, falou a catarinense, que tem 30 anos de idade.

Corrida por Paris

Rosamaria vibra e ergue os braços durante partida do Brasil
A vibrante Rosamaria durante a partida de estreia da seleção (Foto: Maurício Val/Inovafoto/CBV)

Novidade desta temporada, Zé Roberto pode mudar a lista das 14 jogadoras relacionadas a cada jogo da Liga das Nações. Junto à comissão técnica, o treinador definiu que os 18 nomes relacionados para a primeira etapa serão as mesmas ao longo das outras semanas da competição. Após a VNL, somente 12 destas jogadoras seguirão para disputar a Olimpíada de Paris.

Além de Kisy, Zé conta com outras duas opostas de origem entre as inscritas na Liga das Nações: Lorenne e Tainara (não relacionadas contra o Canadá). Já na ponta, há Ana Cristina, Gabi, Júlia Bergmann, Pri Daroit e Helena. A disputa de Rosamaria é com essas atletas. Em seu caso, a experiência também pode fazer a diferença por um lugar na capital francesa, uma vez que ela disputou Tóquio-2020 como ponteira/oposta. Na ocasião, conquistou a medalha de prata.

“Fico muito feliz de estar aqui ainda, de estar participando dessa renovação, de ter participado de um grupo tão vencedor e de estar aqui hoje podendo dividir com essas meninas tão jovens que estão chegando, que têm um potencial incrível e com muita vontade de aprender e de estar aqui”, comentou a atleta, que também foi vice-campeã da VNL 2021 e 2022 e vice-campeã mundial em 2022.

“Eu vou tentar sempre com essa minha garra, com essa minha energia, deixar o meu melhor dentro de quadra. Claro que a técnica e a tática são importantes, mas essa gana e essa vontade de vencer a gente tem que ter sempre e muitas vezes é essa coisinha a mais que faz a diferença no jogo. Sei que é importante na minha característica e eu quero ter sempre essa chama acesa”, completou.

Paulistano de 23 anos. Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Estou no Olimpíada Todo Dia desde 2022. Cobri a Universíade de Chengdu, o Pan de Santiago-2023, a Olimpíada de Paris-2024 e a Paralimpíada de Paris-2024.

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