Dois casos de racismo chocaram o vôlei brasileiro na última semana. A partir disso, a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) apresentou uma proposta aos clubes das Superligas A e B e às federações estaduais que torna mais duras as penas para casos de discriminação em competições da modalidade. Além disso, a CBV também reforçou os procedimentos a serem seguidos nesse tipo de ocorrência.
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“Atos discriminatórios de qualquer natureza são inadmissíveis no voleibol brasileiro. Em 2022, incluímos punição específica para esse tipo de atitude nos regulamentos das Superligas A e B. Agora, vamos tornar essa punição ainda mais severa, para inibir ações de discriminação e punir quem insistir nesse comportamento. Também reforçamos os procedimentos que devem ser adotados por árbitros, delegados, atletas e comissões técnicas que identificarem atos dessa natureza. É um trabalho constante e estaremos sempre atentos”, diz Radamés Lattari, presidente da CBV.
Casos de racismo na Superliga B
Na última semana, atletas do Tijuca Tênis Clube, assim como o técnico do Natal/América-RN relatarem terem sofrido ataques racistas em jogos da Superliga B. No início dessa semana, a CBV encaminhou os dois casos para o Superior Tribunal de Justiça Desportiva da entidade.
Em 2022 a CBV incluiu no regulamento de suas competições nacionais um item que previa punições aos clubes em caso de atos discriminatórios realizados por torcedores, atletas, dirigentes e integrantes de comissões técnicas. Nesta sexta, a Confederação enviou aos clubes uma proposta de mudança no regulamento que torna as sanções mais duras. A infração por ação discriminatória passa a ser então considerada gravíssima. As possíveis sanções incluem multa, perda de três pontos, suspensão, perda de mando e até eliminação da competição.
Além disso, a CBV distribuiu, nesta sexta-feira, um documento direcionado a árbitros, delegados, atletas e comissões técnicas, que padroniza os procedimentos para prevenir e combater atos discriminatórios durante partidas de competições organizadas pela Confederação. Já nas partidas da noite desta sexta na Superliga, os clubes mandantes divulgaram no sistema de som dos ginásios que a prática de atos discriminatórios configura crime, com o torcedor que insistir na prática podendo ser punido, assim como seu clube.