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Bruninho fala após derrota histórica no Sul-Americano

Capitão falou após a inédita prata no Sul-Americano e projetou ações para a equipe antes do Pré-Olímpico

Bruninho, pela Seleção Masculina de vôlei, se prepara para sacar em partida pela Liga das Nações de vôlei
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O que ninguém queria que acontecesse, aconteceu. Quase 10 mil pessoas lotaram o ginásio Geraldão, no Recife, nesta quarta-feira (30), e saíram de lá frustradas. Na última rodada do Campeonato Sul-Americano de vôlei masculino, Brasil e Argentina fizeram o duelo que valia o título. Em um jogo contundente, os Hermanos levaram a melhor e venceram por 3 sets a 0 (25/19, 29/27 e 25/22).

+Tabela do Campeonato Sul-Americano de vôlei masculino 2023

A vitória da Argentina é histórica, tanto para os Hermanos quanto para os brasileiros. Para os rivais, representa a coroação de um grupo levantando o troféu continental após 59 anos. Por outro lado, para o Brasil, se tornou mais um recorde negativo e simbolizou o péssimo momento no ciclo. O país nunca havia perdido a competição. 

Após o apito final, o clima da Seleção Masculina de Vôlei foi de velório. A maioria dos jogadores estavam cabisbaixos. A torcida que ficou no ginásio para assistir a premiação, até tentou animar o time, mas o semblante da maioria dos atletas era sério. Bruninho era o principal deles. O Capitão e Lucarelli foram uns dos poucos que falaram com a imprensa após a derrota.

Jogadores argentinos fazem a festa com troféu do Campeonato Sul-Americano de vôlei masculino
Argentinos fizeram a festa no Geraldão (Mauricio Val/FVImagem/CBV)

“Sentimento muito ruim mesmo. Falo que o meu sentimento é até de vergonha nesse momento porque queríamos fazer uma partida melhor, eu queria ter feito uma partida melhor. Não conseguimos reproduzir aquilo que treinamos e que buscamos nessas últimas três semanas durante boa parte da partida”, confessou Bruninho. O treinador Renan Dal Zotto e a Comissão Técnica não se pronunciaram e passaram direto pela zona mista.   

O Pré-Olímpico

Além da quebra da hegemonia histórica na América do Sul, a derrota para a Argentina no Recife pode complicar a vida do Brasil na busca por uma vaga nos Jogos Olímpicos de Paris. Com o título, os Hermanos podem ultrapassar a Seleção Masculina de vôlei no ranking da FIVB (Federação Internacional). Dessa forma, em caso de insucesso das duas seleções no Pré-Olímpico, a vaga remanescente iria para os argentinos.

“Momento complicado. A equipe da Argentina fez um grande jogo, jogaram soltos […] Fica mais um sentimento ruim. Perder em casa é sempre uma coisa ruim. Um sentimento de fracasso, de tristeza, mas não temos tempo. É preciso juntar os cacos agora e preparar para o Pré-Olímpico”, analisou dessa forma Bruninho.

Grupo do Brasil, vice campeão do Sul-Americano de vôlei
(Foto: Mauricio Val/FVImagem/CBV)

A competição começa no próximo dia 30 de setembro, no Rio de Janeiro. Os brasileiros brigam contra a Itália, Cuba, Irã, República Tcheca, Catar, Ucrânia e Alemanha. Enquanto isso, a Argentina joga no grupo sediado na China com, além do país sede, Polônia, Eslovênia, Sérvia, Turquia, Tunísia, Egito e Finlândia. 

Confiança perdida

A Seleção Masculina de vôlei vem acumulando recordes negativos. Em 2021, o Brasil ficou de fora da final das Olimpíadas após quatro decisões seguidas. Além disso, a equipe ainda acabou derrotada na disputa pelo bronze justamente para a Argentina. Depois, veio o bronze no Campeonato Mundial de 2022. Contudo, a medalha teve um gosto agridoce, pois os brasileiros vinham disputando o ouro desde de 2002. Por fim, o revés diante da Polônia nas quartas da VNL deste ano.

Na imagem, comemoração do time do Brasil contra o Chile.
Comemoração do time do Brasil contra o Chile (Foto: Mauricio Val/ FVImagem/CBV)

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“A gente precisa retomar a confiança. Acho que, de certa maneira, perdemos um pouquinho, principalmente nessa temporada. Como já disse, o jogo de hoje, eles jogaram mais soltos e nós um pouco mais presos. Isso acabou nos atrapalhando. Precisamos jogar no nosso jogo, alegre e um pouco mais agressivo. São coisas que, talvez, precisamos recuperar para esse Pré-Olímpico”, disse o Capitão. 

 

Jornalista recifense formado na Faculdade Boa Viagem apaixonado por futebol e grandes histórias. Trabalhando no movimento olímpico e paralímpico desde 2022.

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