O Campeonato Sul-Americano de vôlei masculino disputado no Recife vale muito mais que a hegemonia do Brasil na competição. Com os recentes resultados da Seleção na VNL e o crescimento da Argentina, a competição se tornou importante para a busca de uma vaga nos próximos Jogos Olímpicos de Paris.
+Tabela do Campeonato Sul-Americano de vôlei masculino 2023
Além do clássico contra a Argentina valer o título do Sul-Americano, o Brasil ainda disputa com os Hermanos uma briga direta no ranking da FIVB (sigla em inglês para a Federação Internacional de Voleibol). Em caso de insucessos dos dois times no Pré-Olímpico, quem estiver nesta lista vai levar a vaga para Paris.
- Egonu cresce e Praia Clube encerra Mundial sem medalha
- Osasco se recupera de susto e vira vice-líder da Superliga
- Larissa Silva marca seis vezes e Gran Canaria vence no Espanhol
- Com atropelo após intervalo, União Corinthians vence Corinthians
- Sesi Franca derrota Vasco e segue na briga pelo G4 do NBB
“É lógico que a gente quer essa classificação já vindo pelo Pré-Olímpico. Isso seria fundamental para nós. Aqui no Sul-Americano é responsabilidade que a gente vai jogar contra o arquirrival muito forte que é a Argentina, mas não podemos perder nosso foco e continuar crescendo”, disse Bruninho.
Entendendo o sistema
O torneio de vôlei nos Jogos Olímpicos de Paris vai contar com 12 equipes. A França, sede do torneio, já tem sua vaga garantida. Outras seis vagas serão determinadas pelos dois primeiros colocados de cada grupo do Pré-Olímpico. Por fim, os cinco times restantes se garantem através do ranking mundial, com prioridade para continentes que ainda não possuem países classificados.
+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, TWITTER, INSTAGRAM, TIK TOK E FACEBOOK
Dessa forma, na hipótese do Brasil e da Argentina não se classificarem via Pré-Olímpico, os dois países vão fazer uma briga direta pelo ranking. Atualmente, a Seleção Brasileira ocupa a quarta posição na lista, enquanto os argentinos estão na sétima. Contudo, a diferença entre os dois times é de menos de 50 pontos e o título do Sul-Americano deve mudar muita coisa.
Brasil no Pré-Olímpico
Assim como no Sul-Americano, o Brasil tem a vantagem de disputar o Pré-Olímpico em casa. A competição começa no próximo dia 30 de setembro, no Rio de Janeiro. Os brasileiros brigam contra a Itália, Cuba, Irã, República Tcheca, Catar, Ucrânia e Alemanha. Enquanto isso, a Argentina joga no grupo sediado na China com, além do país sede, Polônia, Eslovênia, Sérvia, Turquia, Tunísia, Egito e Finlândia.
“É uma oportunidade maravilhosa para todos os atletas, comissão técnica, já se adaptar a esse clima de jogar em casa, pensando também no Pré-Olímpico no Rio de Janeiro. Vai dar uma noção muito boa para eles do que é jogar aqui no Brasil”, destacou o técnico Renan Dal Zotto antes do Sul-Americano.
“A torcida pode ter um papel importante no decorrer do jogo. As situações que você enfrenta jogando com a casa cheia têm duas possibilidades que é desfrutar como uma coisa positiva ou pode gerar uma pressão enorme. Isso depende muito da postura do time, da entrega do time. É recíproco: o time tem que contagiar a torcida para a torcida contagiar o time”, completou.