A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) divulgou em nota que repudia a punição do Conselho de Ética do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). A decisão do COB suspendeu a entidade por seis meses devido à escalação de Wallace Souza na final da Superliga Masculina. O oposto havia sido suspendo por três meses após postagens em tom de ameaça ao presidente da República Luis Inácio Lula da Silva.
No documento, CBV chama de “absurda” e “desproporcional” a decisão do Conselho de Ética em suspender os repasses financeiros decorrentes da próprio COB assim como a recomendação para que entidades públicas e privadas encerrem patrocínios ou apoios à entidade.
De acordo com a CBV, Wallace estava apto a jogar, pois uma câmara arbitral do esporte decidiu à favor do atleta. Dessa forma, o jogador tinha condições de jogo. Além disso, segundo a Confederação, tal câmara é a instância máxima de apelações em conflitos desse tipo.
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“Assim a CBV se vê obrigada a tomar todas as medidas jurídicas cabíveis para garantir seus direitos, diante da ameaça à participação das equipes de quadra e de praia em importantes competições internacionais”, declarou a Confederação.
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Seleções fora do Pan?
A Confederação ainda afirma que a suspensão dos patrocínios e repasses financeiros do COB prejudica a preparação das Seleções Brasileiras em Paris 2024. A punição impede as participações do Brasil nos Jogos Pan-Americanos em Santiago, nos Mundiais de base e no Circuito Mundial de vôlei de praia. Eventos como VNL, não estão ameaçados, pois têm outras fontes de recursos.
“Apesar disso, a CBV garante que empenhará todo o seu esforço e seus recursos para manter a preparação dos atletas, de quadra e de praia, para estas importantes competições. E espera que o COB respeite seu estatuto e a legislação vigente, e não tome qualquer medida sem que a CBV tenha direito amplo e irrestrito à defesa”, continua a confederação.
“A CBV reitera que está muito segura das ações que tomou neste caso, todas elas respeitando a legislação e as normas que se aplicavam. Desde o início, a CBV buscou resguardar o voleibol, a Superliga, clubes, jogadores, patrocinadores e torcedores, mesmo sem ter relação direta ou responsabilidade sobre qualquer fato que gerou este cenário”, finaliza.
*Com informações e apuração do jornalista Demétrio Vecchioli (Olhar Olímpico)