Subindo uma muralha na rede, o Brasil voltou a vencer a Itália e se classificou para a final do Mundial de Vôlei feminino. Desta vez, a seleção fez 3 a 1, parciais de 25/23, 22/25, 26/24 e 25/19, nesta quinta-feira (13) em Apeldoorn, na Holanda. O Brasil busca o título inédito – foi vice em 1994, 2006 e 2010 – e pega a Sérvia, que bateu os Estados Unidos na outra semifinal. O jogo é sábado (13), 15h, em Apeldoorn. Antes, no mesmo local, tem disputa do bronze entre italianas e estadunidenses às 11h.
O bloqueio brasileiro, que havia feito apenas seis pontos no jogo anterior contra o Japão, desta vez acabou com as adversárias. Foram 21 pontos, dez só da Carol, incluindo o match point (veja abaixo). A central fez mais pontos do que todo o time italiano no fundamento, foram apenas sete delas. Carol é a maior bloqueadora do torneio com 57 pontos, 18 a mais do que a segunda colocada. No ataque, a Itália foi melhor, 67 a 56, e fez quatro aces contra nenhum nosso. Nos erros, vantagem do Brasil, 13 a 21.
BRASIL 🇧🇷 DISPUTA O OURO!
— Volleyball World (@volleyballworld) October 13, 2022
⚡️#Electrifying2022 #Volleyball #WWCH2022 pic.twitter.com/TO0x4BCYmo
Egonu foi a maior pontuadora da partida, com 30, sendo 28 no ataque. É a melhor em toda a competição com 250. Gabi foi a segunda anotando 20, três deles no bloqueio. Carol marcou 17, mesma marca da italiana Sylla. Pelo lado brasileiro, Lorenne ajudou com mais 14 e Carol Gattaz marcou 11, sendo três no bloqueio. Rosamaria, Kisy e até Macris foram as outras três do Brasil que pontuaram no bloque.
Agora sim!
A vitóia serviu para desentalar de vez as italianas da garganta. A seleção europeia havia derrotado o Brasil por 3 a 0 na final da Liga das Nações esse ano. Agora, no Mundial, o Brasil venceu as rivais, mas em um jogo da fase classificatória, ainda pela segunda fase da competição. Agora é o Brasil que está entalado na garganta delas, já que elas só perderam para nós no Mundial.
+SIGA O OTD NO YOUTUBE, TWITTER, INSTAGRAM, TIK TOK E FACEBOOK
Dois sets parecidos
A expectativa de jogo equilibrado, como fora o primeiro entre ambas no Mundial de Vôlei feminino, foi plenamente confirmada em três dos quatro sets. O Brasil entrou diferente, com Lorenne e Rosamaria nos lugares de Pri Daroit e Tainara. A Itália comandou o placar quase toda a parcial, mas sem escapar mais do que dois pontos. Na reta final, porém, o bloqueio começou a aparecer, a seleção tomou a frente no marcador e abriu dois no 23 a 21 para não perder mais a dianteira até fazer o 1 a 0.
O segundo set foi a mesma coisa até a reta final. A diferença é que desta vez quem escapou no final foi a Itália, e bem no 24 a 22, em uma sequência de saque de Lubian. Zé Roberto ainda pediu um desafio, sem sucesso, e chamou um tempo antes do set point ser jogado. Nada deu certo e, em mais um saque de Lubian sem recepção brasileira, a bola chegou de graça para a Itália e Sylla matou da entrada de rede.
Egonu erra e Brasil vira
Na terceira parcial a seleção brasileira abriu vantagem no começo do set. Fez 7 a 4 em dois bloqueios seguidos de Gabi e chegou a 10 a 6 com Rosamaria matando do fundo um contra-ataque no rali mais longo da partida até então. A Itália reagiu e chegou a cortar a desvantagem pela metade, mas o Brasil tinha muita consistência e não deixava chegar.
Na reta final, porém, Sylla cresceu no ataque italiano, elas empataram no 21 a 21 e viraram no 23 a 21. Ficou pior no 24 a 23 contra, e tudo parecia resolvido quando a bola foi empinada na ponta para um contra-ataque de Egonu. A estrela italiana, porém, bateu pra fora. A seguir, Carol Gattaz puxou o set point para o nosso lado em um bloque simples pelo meio e, na bola seguinte, Lorenne não desperdiçou o contra-ataque a nosso favor e o Brasil fechou.
Atropelo e final
O embalo seguiu no começo do quarto set e, com três bloqueios seguidos de Carol, o Brasil impôs 4 a 0 na Itália. O placar não refletia o equilíbrio do jogo e as europeias buscaram no 6 a 6 em uma passagem de Pietrini pelo saque. Apesar da recuperação, as italianas não entraram bem na parcial e, com o bloqueio brasileiro fazendo estragos, a seleção chegou a 16 a 7. Foi mais do que suficiente para garantiu a vitória que colocou o Brasil a um passo do inédito titulo mundial de vôlei feminino.