Além do bom desempenho individual, central Bia venceu o Grand Prix e o Sul-Americano pela seleção brasileira, o hexacampeonato paulista pelo Osasco em 2017 e promete empenho e raça para levantar mais troféus no próximo ano.
O ano de 2017 vai ficar marcado na memória de Bia por grandes conquistas. Com a seleção brasileira, levantou os títulos do Grand Prix – com direito a premiação como melhor central da competição – e do Campeonato Sul-Americano, além da medalha de prata na Copa dos Campeões. Pelo Vôlei Nestlé, conquistou o hexacampeonato paulista e lidera as estatísticas da Superliga como a melhor bloqueadora. Raçuda, guerreira e explosiva, ela quer mais em 2018. “Vivi experiências incríveis e vou seguir lutando para continuar evoluindo” atesta.
“Quero estar no Campeonato Mundial com a seleção e na final da Superliga pelo Vôlei Nestlé. E quero ganhar as duas competições. Sei que vestir a camisa do Brasil é consequência do trabalho no clube e pretendo iniciar 2018 ainda mais concentrada, com as energias renovadas e fazer um returno do nacional ainda melhor. E esse não é só um sentimento meu, mas de todo o grupo de Osasco”, garante a central, bloqueadora mais efetiva da Superliga, com 51 pontos marcados.
Evolução é uma palavra constante no vocabulário de Bia. Juntamente com os títulos, os números comprovam o crescimento da atleta de 25 anos. Em 27 de dezembro de 2016, a central do Vôlei Nestlé também liderava as estatísticas de bloqueio, com 35 pontos marcados. Agora, termina o ano com 51 acertos, 16 a mais em relação ao mesmo período da temporada anterior, o que representa um aumento de 45% no desempenho da atleta no fundamento. “O resultado em quadra é fruto de muito treino e dedicação, de manter o foco no trabalho para buscar uma melhora constante”, atesta.
Bia sabe que chegar à seleção, e chegar bem para ser titular, é reflexo do suor estampado na camisa do clube. “Cheguei muito mal fisicamente no Vôlei Nestlé em 2016 e consegui melhorar muito em Osasco, evoluir em todos os quesitos, técnicos e físicos, e sou muito grata pelo apoio e dedicação da Comissão técnica e minhas companheiras. A consequência disso foi representar o Brasil e conquistar títulos coletivos e premiação individual”, afirma a central.
Raça a toda prova – Sobre o estilo explosivo em quadra, Bia é direta: “Minha mãe sempre fala: `porque você é assim e briga tanto?’ Mas sempre fui desse jeito, desde novinha, sempre briguenta, raçuda. Não quero perder em nada, quero ganhar sempre e em qualquer coisa. Tenho isso dentro de mim. Às vezes até atrapalha um pouco, quando não consigo executar como queria, vem uma raiva maior, mas é uma coisa que é minha. Vou comemorar intensamente a cada ponto e fazer o meu melhor para vencer e melhorar sempre. Me imponho metas e busco fazer o que determinei até conseguir”.
A sede de conquistas começa pelo Vôlei Nestlé. “Quero muito voltar à decisão da Superliga e agora vamos ganhar. Na temporada passada fizemos um grande campeonato, chegamos à final e fomos superadas em um 3 sets a 2 digno da rivalidade e tradição do clássico Osasco e Rio de Janeiro. Mas fica uma frustração por não ter levantado o título e agora vamos com tudo em busca dessa vitória”, explica Bia, que completa. “Oscilamos no primeiro turno, mas apresentamos melhoras e tenho certeza que faremos um returno muito melhor para entrar na fase final jogando em alto nível, pois todas sabemos da margem de evolução da nossa equipe”.
Carreira de sucesso – Campeã da Superliga pelo Vôlei Nestlé na temporada 2011/12, com apenas 20 anos, Bia deixou o clube na sequência e ficou no Sesi-SP de 2012 até 2015. Antes do time de Osasco, que na época se chamava Sollys, a central vestiu também a camisa do Praia Clube. Nascida em Sorocaba, teve uma carreira de sucesso nas categorias de base, conquistando o Campeonato Mundial Infanto-Juvenil, na Tailândia, em 2009, e o vice da mesma competição no Juvenil, em 2011, no Peru.