O Flamengo impôs um sonoro 3 a 0 sobre o Praia Clube na noite desta sexta-feira (8), fora de casa, e está a uma vitória da grande final da Superliga feminina de vôlei. Diante de uma Arena Dentil lotada, as rubro-negras fizeram 25/23, 31/29 e 25/22 no primeiro duelo da série melhor de três válido pela semifinal. O segundo jogo será na terça-feira (12) no Ginásio Tijuca Tênis Clube, Rio de Janeiro. Se o time mineiro devolver a derrota, o terceiro e decisivo confronto está marcado para na sexta (15) novamente em Uberlândia, Minas Gerais.
Foi a primeira derrota por 3 a 0 do Praia Clube em toda a Superliga. A equipe foi o melhor da primeira fase com 20 vitórias e apenas duas derrotas, sendo uma delas, a segunda, justamente para o Sesc Flamengo no final de fevereiro. De lá pra cá, as mineiras estavam invictas. As cariocas foram a quinta melhor equipe da fase de classificação. Nas quartas de final, o Praia despachou o Pinheiros em dois jogos e o Flamengo precisou fazer 2 a 1 de virada no confronto contra Osasco.
Demos o primeiro passo. 💪
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Nos vemos na terça no Tijuca, Nação!!! 💙🔴⚫️
Pra cima! 👊#SescRJFlamengo #VivaSeuCaminho pic.twitter.com/Nf0ecqkLCl
Na noite desta sexta, a Arena Dentil estava com lotação máxima, cerca de 2,3 mil torcedores, pela primeira vez desde o início da pandemia. Animada por um incansável locutor, a galera fez a parte dela, mas não conseguiu empurrar as anfitriãs para a vitória. Brayelin foi a maior pontuadora, com 18 para o Praia, seguida por Penha com 17 para o Flamengo. Jineiry anotou 14 para as donas da casa. Curiosamente, as três jogadoras são da República Dominicana.
É ELA!
— Time Flamengo (@TimeFlamengo) April 8, 2022
A líbero Natinha brilhou, foi fundamental na vitória e faturou o troféu Viva Vôlei. Parabéns, craque! 🏆 #SescRJFlamengo #FlaVôlei pic.twitter.com/YXYVSqUtWm
Despedida?
O jogo pode ter marcado a despedida de Walewska da torcida do Praia Clube uma vez que a meio de rede de 43 anos já anunciou que vai se aposentar após o fim da competição. Vale lembrar que as finais da Superliga nesse ano serão em Brasília. Dentre as principais conquistas dela estão a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008 e a de bronze em Sydney 2000 defendendo a seleção brasileira. Com o time mineiro, foi campeã da Superliga na temporada 2017/2018 justamente sobre o Rubro-Negro.
Flamengo na frente
A primeira vantagem do jogo foi para o lado do Flamengo. As comandadas de Bernardinho primeiro abriram 6 a 4 em uma cravada de Mika, depois 9 a 6 em um erro de ataque de Brayelin e escalaram o placar até 13 a 7 valendo-se de dois contra-ataques aproveitados por Maira e de um erro de recepção das donas da casa. O time de Paulo Coco, porém, reagiu rápido e com Brayelin batendo forte da entrada e da saída cresceu e encostou no 14 a 12. A essa altura, a dominicana já tinha sete pontos, terminou a parcial com dez. O volume das anfitriãs seguiu alto e a virada veio no 17 a 16 em um ace de Kasiely.
O Flamengo não sentiu, marcou três vezes seguidas e não só recuperou a ponta como fez 19 a 17. Mais uma vez o Praia reagiu e buscou o empate, no 19 a 19, e foi de maneira inusitada. O técnico Bernardinho pediu desafio por toque na rede no meio da disputa de um ponto, mas ele não foi confirmado e o ponto foi para o Praia. O Flamengo novamente não sentiu a reação das rivais e voltou a escapar no placar até fazer 24 a 21. As mineiras ainda salvaram dois set points, um deles com o saque, mas no terceiro Monique matou da saída de rede.
Teste pra cardíaco
No segundo set, quem abriu primeiro foi o Praia. Fez 8 a 3 com Jineiry, a irmã de Brayelin, e Kasiely comandando o bom início do time, ajudadas por um ace venenoso de Carol. A vantagem caiu para 9 a 7 em dois lances de Maira para o Flamengo – primeiro ela pegou Brayelin no bloqueio e depois explorou o bloque mineiro – e depois para 12 a 11 com Penha. E foi Penha, também dominicana, que comandou o Rubro-Negro até a virada no 16 a 14. As visitantes conseguiram manter-se à frente até Kasiely empatar no 19 a 19 forçando um erro de recepção das adversárias. As donas da casa fizeram 21 a 19 em dois erros de ataque do Flamengo, mas tomaram o empate no 22 em uma bolaça de Penha.
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Dali em diante o jogo foi teste pra cardíaco. O Praia chegou primeiro ao set point, no 24 a 23, e teria fechado no 25 a 23 se não fosse o desafio. O time mineiro teve mais três chances seguidas, todas com o contra-ataque, mas não conseguiu fechar. O Flamengo, então, tomou a vantagem, não aproveitou a primeira oportunidade, precisou salvar mais um a favor das rivais, mas recuperou a vantagem no 30 a 29 e desta vez conseguiu matar.
Vitória e moral
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O roteiro de equilíbrio não permaneceu na terceira parcial. O Flamengo abriu uma pequena distância já no 4 a 2 e fez 10 a 5 em dois bloqueios – um em cima de Anne e outro após erro na recepção do Praia – além de um ace de Milka com a ajuda da fita. O Praia ainda buscou no 11 a 10, as rivais voltaram a escapar no 14 a 11 e o equilíbrio voltou no 15 a 14 pras rubro-negras. Mas o Flamengo desgarrou uma vez mais no 18 a 14, chegou com folgas ao match point e fechou mesmo após perder três deles.