Levantador Thiaguinho, um dos destaques do Sesc RJ na Superliga, por pouco não desistiu da carreira na adolescência.
O levantador Thiaguinho, um dos destaques do Sesc RJ, já esteve bem perto de desistir da carreira. Aos 14 anos, quando participou da peneira no Centro Olímpico, em São Paulo, ao lado do irmão Michel, passou pelo difícil momento de sentir falta de casa e da família. Não fosse o incentivo do técnico Durval Nunes, o Duda, o destino de Thiaguinho teria sido voltar para João Pessoa (PB), sua cidade natal, e abandonar as quadras.
“Um dia, enquanto a gente corria, o Duda percebeu que estava triste e me chamou para conversar. Chorei e ele falou que, de todos os garotos que estavam ali, eu era o único que ele tinha certeza que se tornaria profissional. E aí eu não voltei para casa”, lembra Thiaguinho.
Duda admite que viu logo o talento do menino paraibano. “Eu o tirei logo da peneira com medo que se machucasse. O Thiago estava bem acima dos outros meninos no que diz respeito ao entendimento do que estava acontecendo. Já pensei logo: esse garoto é diferente. Durante os treinos havia outros dois levantadores. Mas tinha de prescrever os treinos totalmente diferentes para eles. A exigência para o Thiaguinho era bem acima. É um talento nato. Tive o feeling de saber que ele tinha todo o material para ser um grande levantador. Mas aí foi o empenho, a dedicação e o talento que o fizeram chegar aonde chegou. Ele conseguiu entender que a vida de atleta não é fácil, mas que igual a ele, existem poucos”.
Thiaguinho vem surpreendendo com sua velocidade na distribuição das jogadas do Sesc RJ nessa Superliga. Mas Duda não está surpreso. “Se eu for pensar em talento, condição técnica e raciocínio, tudo o que a posição de levantador exige, o Thiago tem condições de sobra para ser um futuro levantador da seleção brasileira. A naturalidade com que ele rege toda a equipe, dá ritmo. O levantador deixa o jogo bonito. Se não for assim, que seja eficiente. O Thiago tem o poder de liderança com maestria. Ele responde muito bem taticamente, é muito obediente e inteligente”, ressalta Duda. Durante todo esse tempo, não foi difícil manter uma amizade entre os dois.
“O Duda é meu amigo até hoje. Um cara sensacional que me ensinou muito. Foi o primeiro técnico que me fez estudar time adversário, treinar fintas, acelerar o jogo. Quando eu o encontro, conversamos sobre técnica e tática de jogo, peço dicas e gosto de ouvir as suas críticas de como eu estou jogando. Ele foi muito importante para mim porque me ajudou a alimentar o sonho de ser profissional, de buscar o meu objetivo. Parecia que para ele não tinha como dar errado. E isso me fez acreditar ainda mais no meu sonho”, ressalta o levantador do Sesc RJ.
Sesc RJ tem chance de se aproximar do líder
Vice-líder da Superliga, o Sesc RJ terá a chance de se aproximar de vez no líder Sada Cruzeiro (MG) nesta quinta-feira (7/12). A equipe comandada por Giovane Gávio enfrentará o Vôlei Renata (SP), no Rio de Janeiro, às 21h45 (horário de Brasília).
+ VEJA A TABELA COMPLETA DA SUPERLIGA MASCULINA 2017/18