A federação internacional (FIVB) confirmou nesta terça-feira (1º) que o Mundial de vôlei masculino não será mais na Rússia. O motivo é a invasão militar desencadeada pelo país contra a Ucrânia. A entidade já havia, no sábado (26), anunciado a retirada do país como sede de duas rodadas da Liga das Nações. Além disso, ainda nesta terça, a Confederação Europeia excluiu de todas as suas competições times, atletas e árbitros russos e de Belarus, país aliado a Moscou no conflito.
Dizendo-se muito preocupada com a escalada da situação e com a segurança do povo a Ucrânia, a FIVB, em nota oficial, diz que “chegou à conclusão de que seria impossível organizar e sediar o Campeonato Mundial na Rússia por conta da guerra na Ucrânia. Sendo assim, decidiu por retirar da Rússia a organização do Campeonato Mundial de vôlei masculino, marcado para agosto e setembro de 2022.” Acrescenta que já informou os russos da decisão e que está atrás de alternativas.
Europa veta atletas e clubes
A Confederação Europeia de Vôlei anunciou veto a times, clubes, atletas e árbitros russos e de Belarus em participações de campeonatos continentais de vôlei de quadra, praia e na neve. A decisão impacta especialmente a reta final da Champions League, já que cinco times russos estão nas quartas de final masculina e feminina, sem nenhum jogo disputado até agora. Na masculina estão Dinamo Moscou e Zenit. Na feminina, Dinamo Kazan e Dinamo Moscou, que fariam uma das quartas de final, além do Lokomotiv Kalingrado. A CEV Cup masculina é o outro torneio impactado. Está nas semifinais com o russo Zenit Kazan, que venceu o Monza fora de casa na partida de ida. A volta seria nesta quarta-feira (2).
CEV official statement.
— European Volleyball (@CEVolleyball) March 1, 2022
Luxembourg, March 1, 2022. pic.twitter.com/ViB8llFmE8
Pressão no esporte
O banimento, ainda que temporário, de atletas e times russos foi imposto inicialmente pelo Comitê Olímpico Internacional em decisão anunciada um dia antes, na segunda-feira (28), que incluiu a retirada das ordens olímpicas douradas concedidas ao presidente russo, Vladimir Putin, e a mais dois integrandes do alto escalão do governo de Moscou. As sanções contra o esporte e o mandatário já vinham ganhando corpo em diversas modalidades. No judô e no taekwondo, Putin perdeu cargos honorários que tinha junto às respectivas federações. Há, ainda, efeitos na esgrima, desportes aquáticos e ginástica artística. No futebol, a seleção russa foi retirada das eliminatórias e, consequentemente, da Copa do Mundo do Catar.