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Aos 38 anos, Fabi começa a se preparar para a aposentadoria

Fabi Alvim completa 20 anos de Superliga. 13 desses com Bernardinho como treinador. No vasto currículo como atleta, dois ouros em Jogos Olímpicos: Pequim 2008 e Londres 2012. Hoje, no Sesc-RJ, prestes a completar 38 anos – no dia 07 de março, o assunto aposentadoria se aproxima cada vez mais.

“Venho pensando bastante já. É difícil amadurecer. Acho que é um momento para o atleta talvez mais difícil é esse, né? Tomar essa decisão. Quando é essa melhor decisão. Enfim, uma coisa que você faz durante tantos anos, mas acho que o importante á a gente se preparar. Porque certamente vai doer, certamente vai ser uma coisa difícil, mas a gente tem que se preparar e ir colocando na nossa cabeça. E ir se preparando, de fato, fora das quadras para que essa dor seja menos dolorida,” disse Fabi, em entrevista exclusiva ao OTD.

A líbero vem conversando com ex-atletas e pessoas de sua confiança sobre a melhor hora de tomar essa decisão. Ciente da saudade que terá das quadras, não fará um anúncio oficial de aposentadoria. Fabi acredita trazer muito peso nessa atitude, semelhante com o que já fez na Seleção Brasileira.

“Vou levando e chegando no final eu faço um balanço: foi bom? A Fabi continua ajudando? Tá bom? Tá difícil a rotina? (…) Eu, de fato, vou pensar nisso com muito carinho, mas eu estou aproveitando. Todos os momentos aqui são muito proveitosos e eu quero poder fazer com que eles se tornem únicos. Então, por isso eu vou aproveitar até o último segundo,” revela.

“Eu quero aproveitar todos os momentos, por isso que eu boto na cabeça assim: pô, essa pode ser a última, então vamos aproveitar os momentos, vamos nos divertir, vamos tentar aprender, vamos poder passar alguma coisa também, que eu acho importante. A missão, né? (…) Eu acho que essa é a minha missão nesses próximos, não sei, próxima temporada aí.”

Se a decisão parece cada vez mais próxima, mesmo sem data definida, Fabi já começa a fazer planos pós voleibol. Com tantos anos em quadra, sair completamente do leque esportivo é inviável. A atleta já tem muito claro o que pensa para o futuro.

“Eu tive o privilégio também de participar em uma Olimpíada como comentarista. Eu acho que é uma coisa legal, que eu quero poder estudar e poder, enfim, quem sabe ser uma coisa que eu vá fazer. Tenho feito cursos da confederação, comitê olímpico brasileiro, para poder me capacitar e quem sabe… É difícil sair do vôlei, né? É difícil sair do meio esportivo. Durante tantos anos você fica aqui. Então é difícil, mas eu estou tentando abrir meu leque de opções, para que no final eu possa decidir com mais calma o que fazer. Porque certamente eu não vou ficar muito tempo sem me ocupar fazendo alguma coisa. Ter alguma outra coisa, outra missão e tentar ser bem sucedida nisso também. Eu acho que isso é importante,” conclui.

Jornalista formada pela Cásper Líbero. Apaixonada por esportes e boas histórias.

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