Em 2016, a seleção feminina de vôlei não conseguiu defender o ouro olímpico e acabou eliminada nas quartas de final dos Jogos do Rio. Cinco anos depois, o time chega para Tóquio 2020 bastante mudado, com jogadoras bastante experientes, como Fê Garay e Natália, que vão jogar a terceira Olimpíada, e outras que farão suas estreias na competição. Desta vez, no entanto, o Brasil, de José Roberto Guimarães, não chega com o status de principal favorito à medalha dourada, o que pode ser um trundo para a equipe.
“A gente nunca sabe o que vai acontecer em uma Olímpiada. No Rio a gente era favorito e caímos nas quartas. Em Londres, a gente não era favorita, mas acabamos passando em quarto na classificatória, demos a volta a por cima e fomos campeãs. Então, para mim, não ser favorito não é nem bom nem ruim. A gente vai para brigar e nunca se sabe o que vai acontecer. Em cada edição acontece algo diferente e nem sempre o favorito ganha. Eu vejo isso como positivo”, destacou Natália em coletiva de imprensa nesta terça-feira (20).
+Tabela do vôlei feminino em Tóquio 2020
“Chegar aqui como favorito não significa nada. E tenho certeza que esse grupo pode surpreender, porque é um time muito forte. E quem não está esperando nada da gente pode ser supreendido e isso é uma arma importante”, completou Fê Garay.
O caminho do Brasil
A seleção feminina do Brasil está no Grupo A dos Jogos Olímpicos de Tóquio, ao lado de Coreia do Sul, República Dominicana, Japão, Quênia e Sérvia. Para Natália e Fê Garay, o caminho poderia até ter sido mais difícil para que o time chegasse mais preparado para a fase final.
“Se fosse para escolher, a gente até queria sair em um grupo mais difícil. Mas no nosso ainda tem a Sérvia, o Japão que joga em casa… Então a gente tem que se preparar para todos os jogos. Tudo pode acontecer e a gente não sabe quem pode nos surpreender”.
“Temos que pensar jogo a jogo e ter muito foco. É um jogo de cada vez, primeiro pensar na Coreia e fazer o melhor jogo possível. É isso que temos conversado. A energia está muito boa e temos que canalizar isso para os adversários. Temos que jogar como time, uma ajudando a outra. Sabemos das dificuldades que vamos passar, mas é importante saber passar por esses momentos e estar mentalmente preparado para o que vem pela frente”, completou Zé Roberto Guimarães.
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Além do caminho na própria Olimpíada, o caminho para chegar até aqui não foi dos mais fáceis. Mas o técnico da seleção feminina de vôlei acredita que o time está preparado e focado para desempenhar o seu melhor em Tóquio.
“É uma edição diferente em todos os sentidos. Foi uma apreensão muito grande com tudo que estava contecendo, todo mundo teve que se adaptar. Mas depois de um ano, a gente está aqui pronto para começar os Jogos. Acho que vai ser um momento muito importante para todos nós em função de tudo que passamos. Não tivemos a oportunidae de jogar no ano passado, de estarmos juntos treinando e isso muda muita coisa. Mas essa preparação que fizemos em Saquarema, depois na Liga das Nações foi muito importante. A gente precisa começar bem os Jogos Olímpicos e acho que elas estão se preparando bem e focadas totalmente na competição”, concluiu.