Faltando cerca de 70 dias para o início da Paralimpíada de Tóquio, cinco atletas da seleção brasileira de vôlei sentado perderam seu local de treino. Há cerca de 10 dias, com a confirmação da realização da Copa América no Brasil, Luiza Fiorese, Adria Jesus da Silva, Pamela Pereira, Nurya de Almeida e Jani Freitas perderam seu local de treino. Tomando conhecimento do fato, o técnico da equipe feminina nacional José Antonio Guedes encontrou uma maneira de reolver tudo. “Consegui uma quadra para que elas voltem a treinar. Aluguei uma quadra por conta e elas voltam nesta quarta-feira a treinar”.
Há aproximadamente 10 dias o quinteto de atletas do Brasil estão sem poder treinar em quadra. Com o estádio Olímpico de Goiânia sendo uma das sedes da Copa América, a CONMEBOL exigiu que todo o complexo que envolve o local fosse fechado para a competição, como é de regra em competições da entidade. Com isso, o ginásio em que treinavam cinco jogadoras da seleção brasileira de vôlei sentado, que fica no complexo do estádio, não pode mais receber os treinamentos e as atletas estão sem as atividades em quadra.
José Antonio Guedes, técnico da seleção brasileira de vôlei sentado feminino, tomou ciência do ocorrido nesta semana e conseguiu achar uma solução. “O erro foi da secretaria de esportes. Por conta da Copa América, a CONMEBOL pediu o fechamento de todo o complexo do estádio olímpico e o ginásio faz parte dele. Com isso, as cinco atletas não puderam mais treinar. A secretaria não sabia que se tratava de atletas de alto rendimento que estão se preparando para a Paralimpíada e não pensou em um planto B para elas. Elas foram informadas, em um primeiro momento, que ficaricam cerca de uma semana sem treinos e na última segunda-feira essa informação foi atualizada, com a nova data de retorno para os treinos sendo dia 10 de julho. Hoje eu consegui uma escola, que me alugou a quadra por um valor mais em conta. Elas voltam a treinar normalmente a partir desta quarta-feira”.
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“Foi fechado a pedido da CONMEBOL e a gente está sem treinar. Foi falado que iríamos voltar essa semana, nós duvidamos e ontem recebedos um comunicado de que a previsão de volta é no dia 10 de julho. Ou seja, ficaríamos mais de um mês sem treinar. Não tem outro espaço que poderíamos fazer os treinamentos. Hoje estão faltando exatamente 70 dias para a Paralimpíada de Tóquio e eles estão lidando com cinco meninas que tem grandes chances de estarem no Japão para fazer parte de uma seleção que vai brigar pelo ouro, a gente não está falando de qualquer atleta. Eu tenho o maior respeito do mundo por todos os esportes, inclusive o futebol, mas eu penso que faltou um pouco de respeito”, desabafou Luiza Fiorese em seu Instagram.
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A seleção brasileira de vôlei sentado feminino
Com algumas atletas prejudicadas na preparação para a Paralimpíada de Tóquio, a seleção brasileira buscará mais um pódio no Japão. O Brasil, que conquistou a vaga nos Jogos Paralímpicos com a medalha de prata no Parapan de Lima em 2019, quer subir mais no pódio em Tóquio. Na edição paralímpica de 2016, no Rio de Janeiro, as brasileiras conquistaram o bronze, a primeira medalha em competições deste porte da história da equipe.