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Bernardinho segue no Sesc Flamengo apesar do acerto com a França

Apesar do acerto para comandar a seleção da França no ciclo olímpico até Paris-2024, Bernardinho garantiu que continua a frente do Sesc RJ Flamengo

Bernardinho Sesc Flamengo
(Wander Roberto/Inovafoto/CBV)

O técnico do Sesc RJ Flamengo Bernardinho terá mais um desafio pela frente. O multicampeão foi convidado e aceitou comandar a seleção masculina da França no próximo ciclo olímpico, depois dos Jogos de Tóquio, que serão realizados entre julho e agosto de 2021. Assim como fez nas últimas duas décadas, quando esteve a frente das seleções feminina e masculina do Brasil, o treinador vai manter todos os seus projetos e parcerias no Brasil, publicitárias e esportivas.

“Chegamos a um acordo e será, sem dúvida um desafio importante. Espero poder contribuir com minha experiência na seleção masculina da França, mas seguirei a maior parte do tempo no Brasil. A prioridade nunca deixou nem deixará de ser os projetos que já tenho em andamento por aqui, como o Sesc RJ Flamengo e todos os demais parceiros. Acredito que essa experiência possa somar bastante em todas essas frentes, levando tudo a um ambiente global, adquirindo uma experiência internacional que possa incrementar as entregas. O objetivo com a França é 2024, mas em todos os outros projetos a expectativa é que sigam adiante. Sempre me dediquei de coração a todos os trabalhos e seguirei assim, com muita vontade de ampliar esses vínculos no Brasil por muitos outros anos”, revelou Bernardinho.

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Sobre o Sesc RJ Flamengo, o treinador fez uma avaliação sobre a última temporada e segue trabalhando firme com a comissão técnica na montagem da equipe para 2021/2022. “Continuamos normalmente o nosso trabalho para montar o elenco. A última temporada foi atípica, muito dura para todos e esperamos atingir melhores resultados na próxima. Trabalho nunca falou e não faltará. Seguiremos dando duro para que o time consiga deixar o seu melhor em quadra e que isso nos possibilite brigar por títulos”.

Depois de seis olimpíadas seguidas comandando as seleções brasileiras, conquistando medalhas em todas as edições (Masculina: Ouro 2004 e 2016, Prata 2008 e 2012. Feminina: Bronze 96 e 2000), Bernardinho não quer atrapalhar mudar o foco da seleção francesa neste momento, os Jogos de Tóquio.

“Eu não posso ser um ponto de desatenção. Não gostaria de que fizessem isso comigo e não vou fazer isso com os outros. Temos que respeitar o momento. Sei que as pessoas querem saber mais, mas o foco da seleção francesa agora precisa ser nos Jogos de Tóquio. Depois podemos falar sobre o outro ciclo olímpico. Laurent e toda equipe precisam ter tranquilidade para trabalharem para ter o melhor desempenho”, explicou.

Com uma identificação ímpar com a camisa do Brasil, Bernardinho reafirma sua paixão pelo seu país, mas lembra o quanto os desafios o movem a aceitar novos compromissos.

“Espero ainda ter muitos anos de carreira pela frente e meu coração nunca vai deixar de ser verde e amarelo. Quando decidi não ocupar mais o cargo de técnico da seleção brasileira, depois da Rio 2016, senti um vazio. Sabia que estava deixando uma paixão, mas por uma excelente causa. Essa troca, essa oxigenação, foi muito positiva para o desenvolvimento do vôlei brasileiro. Eu não poderia ficar ocupando o posto para sempre. O Brasil se tornou referência mundial com os excelentes trabalhos do Zé Roberto, lá atrás com a masculina e mais recentemente com a feminina, e com tudo que desenvolvemos também nas duas seleções. Ter um convite para assumir uma seleção que disputará os Jogos Olímpicos em casa é a prova de como elevamos o nome do Brasil internacionalmente. Dirigir a França será um desafio muito grande e eu sou movido a desafios, todos sabem. Ainda tenho muitos anos pela frente fazendo o que mais gosto, que é treinar equipes e desenvolver pessoas. Eventualmente podemos enfrentar o Brasil, estarei ali trabalhando, normalmente, como muitos outros técnicos já fizeram, e em vários esportes, mas seguirei com meu coração verde e amarelo”, finalizou Bernardinho.

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