A levantadora Macris alcançou a consagração vestindo a camisa do Itambé/Minas. No clube mineiro, teve ‘estreias’ bem sucedidas e chegou ao topo. Natural de Santo André, a atleta começou no vôlei com oito anos em São Caetano. Depois disso, passou por São Bernardo e jogou sua primeira Superliga como titular quando voltou ao São Caetano. Mas, foi no Pinheiros que ela despontou e no Brasília somou aprendizados.
“O Minas me possibilitou estar em um novo patamar. É um clube tradicional, com estrutura e que respira esporte. Foi no Minas que cheguei pela primeira vez na semifinal da Superliga. Posteriormente, disputei pela primeira vez um Sul-Americano de Clubes, podendo ser campeã, e fiz minha estreia no Mundial de Clubes. No ano seguinte, fiz minha estreia em final de Superliga e, além do título, ganhei o prêmio de MVP e de melhor levantadora”, contou.
Nesta sexta-feira (7), a levantadora anunciou que permanece no Minas por mais uma temporada.
Minas: Mundial e técnicos estrangeiros
“O Mundial foi uma experiência enriquecedora. Participei pela primeira vez e logo na estreia cheguei à final. A medalha de prata valeu como se fosse ouro. Outra estreia no Minas foi poder trabalhar com técnicos estrangeiros. Foi ótimo conhecer essa filosofia de trabalho atuando no Brasil”, completou Macris com exclusividade ao Olimpíada Todo Dia. A atleta foi treinada por Stefano Lavarini e seu atual técnico é Nicola Negro, ambos italianos.
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“Os estrangeiros e os brasileiros são parecidos em estilo de jogo, o modo como comandam os treinos e o volume deles e também como os estudos são feitos. Tem semelhanças também por serem focados em estatísticas e estratégias. Já as diferenças estão em detalhes como o trabalho de posicionamento de bloqueio e métodos de composição de ataque. Acho positivo poder agregar. Aprendi com os brasileiros e com os dois também”, explicou Macris.
Primeiros toques no ABC junto com a irmã
Macris, que está com 31 anos, iniciou no esporte por causa de seus pais, já que ambos eram professores de educação física e ex-atletas de vôlei. Quando era criança, a levantadora acompanhava sua irmã Andréia nos treinamentos em São Caetano. A atleta, que é dois anos mais nova que a irmã, estava com oito anos na época e ficava do lado de fora da quadra brincando com a bola.
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“Sabia fazer os fundamentos porque meus pais tinham me ensinado. Elas iriam participar de um festival de vôlei para idade e parece que ia faltar alguém. Foi aí que uma das meninas me chamou: ‘olha lá a irmã da Andréia e ela sabe devolver a bola’. Entrei e devolvi umas duas ou três bolas. Eu tinha oito ou nove anos e nesta idade e difícil ver alguém com esse domínio dos fundamentos. Foi assim que comecei a treinar”, contou Macris.
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“Fiz toda minha base no São Caetano e quando fiz a transição para o adulto fui para São Bernardo. Fiquei dois anos lá, não era titular, mas tinha oportunidade de jogar com a equipe principal. E aí voltei para São Caetano e disputei minha primeira Superliga como titular. Mas a equipe tinha uma configuração mais jovem e íamos batalhar pelos jogos. Era uma equipe montada com intuito mais formador”, acrescentou a levantadora.
Pinheiros e a ‘linha de ensino da seleção’
Depois que saiu do Grande ABC, Macris foi contratada pelo Pinheiros e despontou para o cenário nacional. Nas três temporadas pelo clube paulista, a atleta elevou seu nível e passou a chamar a atenção conquistando dois prêmios de melhor levantadora da Superliga, sendo que liderou as estatísticas nas três temporadas na equipe do técnico Wagão. Ela considera que esse período foi a virada de sua carreira.
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“Foi no Pinheiros que tive, principalmente em termos de levantadora, todo um trabalho voltado para essa linha de ensino da seleção, do Zé Roberto. Com o Wagão, lá no Pinheiros, fiquei três anos e tive toda essa base e detalhes de posicionamento e levantamento que foi muito importante para mim. Acredito que lá tenha sido realmente essa virada”, destacou Macris, que foi campeã da Copa Brasil pelo Pinheiros em 2015.
Experiência em Brasília
Após a passagem pelo Pinheiros, Macris saiu de São Paulo pela primeira vez. Ela acertou com o Terracap/Brasília Vôlei e ficou lá por duas temporadas. “Foi importante ter contato com novas atletas e também com as mais experientes, como as campeãs olímpicas Paula Pequeno e Sassá. Ganhei bagagem e aprendi também com a comissão técnica, que trazia trabalhos diferentes”, comentou a jogadora.
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“Foi importante ter essa chance de uma nova experiência em um local diferente, já que sempre havia morado na casa da minha mãe em Santo André quando jogava em São Caetano e São Bernardo. Só no Pinheiros passei a morar em apartamento. Porém, realmente deixei o Estado de São Paulo pela primeira vez quando fui para Brasília. Foi uma experiência nova e bastante positiva”, concluiu Macris.