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Sesi aposta em Marcelo Negrão para antecipar o futuro

Campeão olímpico em 1992, Marcelo Negrão assume o comando do time paulista com elenco repleto de garotos

Marcelo Negrão assume o Sesi 2020/2021
Campeão olímpico assume primeira equipe adulta da carreira em 2020/2021 (Divulgação Sesi)

O cenário mudou. Depois de algumas temporadas sendo uma das equipes que mais investiu no vôlei brasileiro, o Sesi terá uma mentalidade diferente. Para 2020/2021, o time paulista aposta em um elenco repleto de garotos e tendo Marcelo Negrão como técnico. Depois de alguns anos na base da equipe, o campeão olímpico de Barcelona-1992 encara o desafio como oportunidade. “É a chance de antecipar o futuro”, afirmou Negrão, em entrevista ao Olimpíada Todo Dia.

Depois de montar equipes com nomes consagrados no vôlei, como William, Lipe, Lucão, Bruninho e Serginho, o Sesi enfrentou um novo cenário para a temporada 2020/2021. A já prevista diminuição no investimento da equipe, que iria acontecer por conta da situação econômica do país, foi aumentada em razão da pandemia do coronavírus.

“A pandemia nos colocou nesse cenário. Alguns dos meninos já completavam as equipes adultas, mas a pandemia acelerou esse processo. São meninos de qualidade e a maioria trabalha comigo já há alguns anos no infanto e juvenil. É a chance de antecipar o futuro deles, do time e quem sabe da seleção”, diz Negrão.

Time com sede

A média de idade do time do Sesi para a próxima temporada é de 20 anos e 6 meses, aproximadamente. Isso porque o líbero será Murilo, que tem 39. Se não levarmos em consideração o experiente jogador, a média cai para cerca de 19. Para Marcelo Negrão a pouca idade dos atletas é uma realidade que pode trazer mais possibilidades para a equipe.

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“São jovens e alguns vão ter a primeira experiência no adulto. A questão para mim é que estão com sede de aprender, evoluir e querem mostrar o que podem fazer. Me vejo um pouco neles, comecei a jogar no profissional com 16, fui campeão olímpico com 19 e me lembro desse processo que eles vão passar”.

Para o novo técnico, a presença de Murilo será primordial para que a equipe consiga jogar. Um dos símbolos do projeto do Sesi, o líbero terá um papel além das quadras.

“Quando eu comecei e passei por esse processo, me espelhei em alguns atletas mais experientes e tive o suporte. No caso dessa garotada do Sesi eles terão o Murilo. A regra não permite que ele seja o capitão, mas sabemos que na realidade ele será. Ele é um dos jogadores mais completos que eu já vi na quadra. Além de tudo que vai poder orientar os meninos nos jogos e treinos, vai ajudar por conta de sua postura como pessoa fora das quadras também”.

As referências

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TEMPORADA 2020/2021: Ano de fortalecer o trabalho de formação desenvolvido pelo SESI-SP! Seguimos com o pilar do nosso projeto de vôlei, Murilo Endres @murilovolei8 e integramos o campeão olímpico, Marcelo Negrão @marcelonegraovolei, para comandar o time! . 👉🏼 Agora passe para o lado e conheça o grupo que iniciará a temporada vestindo a nossa camisa! . #gosesi #sesispvolei #sesivolei #sesisp #sesiesporte #temporada20202021 #ficaemcasa

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Aos 47 anos, Marcelo Negrão terá sua primeira experiência como técnico de um time profissional. Por já estar no Sesi há algumas temporadas comandando os time de base, o treinador viu a “nova fase” como esperado.

“Por ter treinado os times de base, eu projetava que isso iria acontecer (ser técnico do adulto). Sei como funciona a mentalidade do time e acho que era algo que iria acontecer. O cenário só fez com que as coisas fossem definidas de forma mais rápida”.

Comandado por alguns dos melhores técnicos do vôlei mundial, Marcelo Negrão não esconde em quem se espelha quando imagina a melhor forma de se trabalhar. “As minhas referências são José Roberto Guimarães e Bebeto de Freitas, com toda a certeza. Sei que a cobrança e a forma de passar algumas coisas vão mudar porque será no adulto, mas prefiro ter uma relação mais próxima com o atleta. Eu respeito todos as formas de trabalho, mas entendo que atleta não é maquina e o lado humano tem que andar junto”, explica Marcelo Negrão.

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