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Paris 2024

Wallace não se vê em Paris-2024 e exalta Alan: ‘voando’

Aos 32 anos, oposto campeão olímpico no Rio de Janeiro diz que será difícil se manter em meio a uma geração pedindo passagem

Wallace oposto seleção brasileira de vôlei masculino - Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 - Olimpíada - Brasil
Wallace tem sido figurinha carimbada na seleção brasileira (Divulgação/FIVB)

Aos 32 anos, Wallace não se vê disputando os Jogos Olímpicos de Paris-2024. Pilar da seleção brasileira de vôlei masculino há cerca de oito anos e campeão olímpico na Rio-2016, o oposto não necessariamente descarta ir ao evento francês, mas lembra que uma geração muito boa está pedindo passagem. Especialmente Alan, a quem resgou elogios durante entrevista realizada em live no Instagram do Olimpíada Todo Dia.

“Não vai dar para mim. Uma geração está pedindo passagem. O Alan é nítido como ele está voando. Isso é bom para a seleção, para o Brasil, e que continue aparecendo mais jogadores como ele”, disse Wallace.

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“Eu não vou falar que não estarei lá, porque eu realmente não sei. Acho muito difícil pelo fato dessa safra de jogadores da mesma posição que eu que vem vindo. Eles estão pedindo passagem, mas tudo é possível”, completou.

Alan com moral

Wallace acredita que não estará nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, vê uma nova geração surgindo na seleção brasileira de vôlei e exalta Alan.
Alan foi o MVP da última Copa do Mundo e ganhou moral para os Jogos Olímpicos de Tóquio (William Lucas/Inovafoto/CBV)

Wallace viu o surgimento de Alan de perto, já que foram companheiros no Sada Cruzeiro. Os opostos, inclusive, disputariam posição na Copa do Mundo do ano passado, mas Wallace pediu dispensa por conta do nascimento do segundo filho. Abriu espaço, e Alan foi eleito o melhor jogador da competição vencida justamente pelo Brasil.

“É um cara que tinha tudo para crescer e conseguiu. Foi excelente ele poder ter jogado essa Copa do Mundo. Isso é importantíssimo para um jogador ganhar experiência e ritmo na seleção. Eu entrei dessa forma. Comecei jogando algumas etapas da Liga Mundial na época, logo depois foi o Pan-Americano e assim por diante. Para se dar bem na seleção é preciso jogar.”

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Figurinha carimbada na seleção brasileira de vôlei desde os Jogos Olímpicos de Londres-2012, Wallace admite que não é fácil se manter na equipe por tanto tempo, mas vê em Alan uma trajetória parecida com a sua quando foi chamado pelas primeiras vezes.

“Não é fácil se manter, não é demagogia. O difícil não é nem chegar, é você se manter em alto nível. Claro que a idade vai chegando, a gente vai perdendo o vigor físico, mas em contrapartida vamos ganhando mais experiência, vai sendo mais malandro e usando de outras artimanhas. Eu vejo o Alan chegando como eu cheguei na seleção brasileira. Então ele tem tudo para estourar na seleção”, disse.

Sensação do ouro após pratas

No ciclo para os Jogos Olímpicos do Rio-2016, Wallace precisou lidar com um fantasma. A seleção havia sido três vezes medalha de prata na Liga Mundial e uma vez no Campeonato Mundial, além do segundo lugar em Londres-2012.

“Antes das Olimpíadas de 2016, eu fiquei com o pensamento de por que tanta prata? O que me deixava mais tranquilo é que nunca foram os mesmos adversários. O Brasil sempre chegava no vôlei. Não interessa se ganhava ouro ou prata, o Brasil sempre chegava. Mas deixava um gostinho amargo e pensava que só podem estar guardando uma coisa muito boa porque não tem condição a gente bater tanto na trave. Ninguém treinava mais que a gente, é um fato. E em 2016 a gente conseguiu a maior conquista”, disse, relembrando o ouro olímpico.

“Só quem realmente joga, quem realmente conquista isso, sabe o sentimento. É uma mistura de dever cumprido com a sensação de que conquistamos a maior medalha dos esportes. É uma coisa inenarrável. É uma sensação absurda”, finalizou.

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