Leal e Filipe compartilharam diversos momentos marcantes em suas carreiras. Os dois atuaram no Sada Cruzeiro e juntos conquistaram 25 títulos. Ambos também atuam na mesma posição, pois são ponteiros passadores. Os atletas foram os personagens da live no perfil oficial da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) no instagram e, além do vôlei, revelaram que se inspiraram em Michael Jordan, astro do Chicago Bulls, da NBA.
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“O jogador que me inspirou não era do vôlei. Sempre admirei o Michael Jordan e até chorei ao assistir o filme dele. Foi demais ver o cara dentro de quadra e nos treinos. Até hoje o considero uma pessoa a seguir. Foi o jogador mais marcante que acompanhei. Me recordo que assistia os jogos dele quando tinha meu 12 e 13 anos”, lembrou Leal.
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“Você falou primeiro e vão pensar que foi combinado, mas não foi. Antes do vôlei, fui jogador de basquete e um dos meus caras favoritos era o Michael Jordan. Ele é um espelho para mim. No vôlei, me inspirei no Maurício e no Marcelo Negrão, da seleção campeã olímpica em 1992, e no capitão Nalbert, um craque que aprendi muitas coisas. É um cara excepcional e com enorme capacidade de liderança”, destacou Filipe.
Momento mais marcante
Leal chegou ao Sada Cruzeiro em 2012 e Filipe é o jogador que atua no clube mineiro há mais tempo. Juntos, eles ganharam três títulos do Campeonato Mundial (2013, 2015 e 2016), cinco Superligas (2013/14, 2014/15, 2015/16, 2016/17 e 2017/18), três Copas Brasil (2014, 2016 e 2018), quatro Sul-Americanos (2014, 2016, 2017 e 2018), três Supercopas Brasil (2015, 2016 e 2017) e seis Mineiros (2012, 2013, 2014, 2015, 2016 e 2017).
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“Cheguei em 2012 e era bem moleque, com 19 para 20 anos. Conquistamos muitas coisas juntos e o que mais sinto falta é do público. Aquela torcida nossa é fantástica. Só sai do Cruzeiro para ter a experiência de poder jogar fora. Estou jogando na Itália e muito feliz. O nível lá é diferente e cresci bastante como jogador”, disse Leal.
“Meu momento de maior emoção foi na conquista do Mundial de 2015. Na época eu estava passando por dificuldade. Quando ganhamos me sentei e comecei a chorar junto com o Marcelo (Mendez). Era um momento ruim da minha vida e esse título me ajudou a ver as coisas com outras perspectivas no restante da temporada”, acrescentou.
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Já Filipe recordou de uma conquista há mais de 15 anos. “Meu primeiro título da Superliga foi meu momento mais marcante, quando jogava pelo Banespa. Ganhamos do Minas, em 2004/05, diante de um Mineirinho com mais de 19 mil pessoas. Foi um momento único e um jogo magnífico. Aquilo me marcou e foi o impulso para me tornar o jogador que me tornei”.
Elogios ao técnico do Cruzeiro
No Sada Cruzeiro, Leal trabalhou com o técnico argentino Marcelo Mendez e Filipe segue trabalhando com ele. O treinador é um dos principais nomes nas temporadas gloriosas do clube mineiro e ajudou na evolução de diversos atletas Atualmente, além de comandar o time brasileiro, Marcelo Mendez é o técnico da seleção de seu país.
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“O Marcelo sempre foi um pai para mim. Ele praticamente me formou e me ajudou a chegar onde estou agora. Cheguei novo e era forte em muitas coisas, mas fraco em outras. Trabalhar com ele foi uma das melhores coisas que me aconteceu. Construímos uma família e o considero um grande treinador”, contou Leal.
“O Marcelo é um cara que admiro pela sua forma de liderar e conduzir a equipe. É um cara que às vezes é severo, mas faz isso para tirar o máximo dos atletas. É um profissional diferenciado e exemplar e que sabe gerar competitividade no grupo”, completou Filipe, que chegou ao Cruzeiro em 2010 e está com 40 anos.
Sonho e sensação diferente
Depois que saiu do Cruzeiro, Leal assinou com o Lube Civitanova, da Itália. Por seu novo clube, o cubano naturalizado brasileiro foi campeão da Liga dos Campeões, do Campeonato Italiano, da Copa Itália e do Campeonato Mundial de Clubes. O atleta está com 31 anos e, em 2019, fez sua estreia com a camisa da seleção brasileira. Leal espera realizar seu sonho com a camisa do Brasil e pelo Civitanova viveu uma sensação diferente.
“Fui campeão da Liga Italiana e quatro dias depois ganhei a Champions League. Ser campeão da Champions é uma sensação diferente. A final foi em Berlim e ficamos em um hotel no meio da cidade. Nós parecíamos jogadores de futebol. Saíamos do hotel e as pessoas vinham nos abraçar. Jogamos em um ginásio lotado por torcedores de outro país, pessoas que nunca tinha visto. Foi marcante. Ser campeão da Champions é fantástico”, apontou.
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“A Olimpíada é meu sonho. É uma competição que todo jogador quer jogar e a minha expectativa é grande. A seleção brasileira terminou a Copa do Mundo de 2019 muito bem e como campeã invicta. Todo jogador quer ser convocado para Tóquio e o pensamento é de ganhar. Espero que estejamos todos 100%”, concluiu Leal.