“Estou bem e em casa”, garante a ponteira Natália Zilio, que defende o Eczacibasi, da Turquia, país em que está passando a quarentena provocada pela pandemia de coronavírus.
A atleta da seleção brasileira de vôlei, no entanto, não faz ideia de quando voltará para o Brasil. “Precisamos esperar a posição final da federação turca. Acredito que a situação vai ser definida nos próximos dias.”
Contudo, outra situação também vai se estender. De cara, Natália afirma que não irá comentar sobre uma possível ida para o vôlei russo. Diz que tem contrato até maio e só depois vai avaliar o futuro.
Clima na Turquia
O campeonato turco de vôlei feminino foi realizado sem público nas últimas rodadas da fase de classificação e só foi paralisado um dia antes dos playoffs começarem. Enquanto a Organização Mundial de Saúde declarou pandemia no dia 11 de março, a federação local só anunciou a paralisação no dia 20 de março.
“Ainda não sei quando vou retornar ao Brasil. No entanto, estou bem tranquila. Não conheço nenhuma jogadora que tenha sido infectada na Turquia.”
Segundo o site Worldometers, a Turquia já passou de 100 mil casos confirmados de coronavírus e mais de duas mil mortes. “Pelo que tenho acompanhado a situação da Turquia está parecida com a do mundo todo. Tudo está fechado e somente os mercados e as farmácias estão funcionando. Vejo poucas pessoas na rua e o comércio está todo fechado”.
Quarentena
O técnico de Natália no Eczacibasi, Marco Aurelio Motta, faz o possível para manter as atletas em forma para quando as partidas voltarem. O brasileiro conta com o auxílio de Eduardo Romero, preparador físico do clube turco, para monitorar as atividades das jogadoras.
“Procuro fazer uma série adaptada e isso tem sido importante para me manter em forma”, diz Natália. Mas por mais que siga treinando da forma que dá, está claro que as condições estão longe das ideais.
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“No momento, nenhum atleta pode treinar direito”. Pensando assim, o adiamento de Tóquio “foi a decisão mais correta a ser tomada. Achei que essa foi a melhor decisão”, acrescenta a brasileira.
Paz em meio ao caos
Além de tentar se manter ativa, a ponteira mantém contato direto com Gabi, que também atua na Turquia, pelo Vakifbank.
“Eu e a Gabi estamos sempre nos falando. Conversamos sobre tudo, mas no momento não podemos nos encontrar pela pandemia. No entanto, estamos sempre nos falando no telefone e nos ajudando em tudo. Só de saber que ela está por perto me dá uma tranquilidade.”
Outra fator que deixa Natália tranquila enquanto espera pela definição do reinício ou não do Campeonato Turco de vôlei é saber que sua família no Brasil está segura. “Meus pais estão em casa com meus irmãos. A cidade que eles vivem tem poucos casos.”