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Leal aponta como ‘especial’ temporada de estreia pelo Brasil

No primeiro ano como brasileiro, Leal colecionou títulos e ajudou a colocar a seleção masculina nos Jogos Olímpicos de Tóquio

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Em seu primeiro ano, Leal ganhou dois títulos e foi decisivo no torneio que garantiu vaga em Tóquio (FIVB/Divulgação)

Yoandy Leal Hidalgo nasceu em Cuba, mas se naturalizou brasileiro e fez sua estreia vestindo a camisa da seleção em junho de 2019. E o ponteiro já foi importante em sua primeira temporada, ganhando títulos e sendo decisivo na competição que garantiu a seleção em Tóquio.

“Fiz minha estreia após esperar alguns anos para que o processo de naturalização ficasse completo e poder ser convocado. Foi uma temporada especial e sei que precisamos seguir melhorando a cada jogo para alcançar o lugar mais alto do pódio. Sei que preciso fazer o melhor possível para conseguir uma vaga na seleção brasileira na Olimpíada do ano que vem. Vou dar o meu melhor para isso”, afirmou Leal, em entrevista ao Olimpíada Todo Dia.

Hoje com 31 anos, o jogador naturalizou-se brasileiro em 2015, teve o processo reconhecido pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB) em 2017, mas precisou cumprir mais dois anos até poder ser convocado.

Em seu ano inaugural pelo Brasil, Leal foi campeão da Copa do Mundo, realizada no Japão, e do Campeonato Sul-Americano, realizado em Santiago, no Chile. Além disso, foi decisivo no Pré-Olímpico, disputado em Varna, na Bulgária. “Conquistamos a vaga para a Olimpíada após vencer os donos da casa em um jogo para lá de emocionante”, destacou o jogador, que começou a partida no banco de reservas e contribuiu com a virada quando entrou em quadra.

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Sonho de ser atleta olímpico

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Leal fez sua estreia pela seleção brasileira em junho de 2019 (CBV/Divulgação)

Em grupo com Porto Rico, Egito e Bulgária, o Brasil venceu os dois primeiros por 3 sets a 0. Na última rodada passou sufoco contra os europeus, que abriram 2 a 0 e tiveram match point, mas os comandados do técnico Renan Dal Zotto salvaram e fecharam a terceira parcial por 32 a 30. No set seguinte, a seleção anotou 25 a 16 e no tie-break marcou 15 a 11. Leal terminou o jogo como maior pontuador, com 22 acertos, sendo 21 de ataque e um de bloqueio.

“Nunca joguei uma Olimpíada e aquele jogo foi à primeira parte do meu sonho. Conseguir a vaga foi o primeiro passo. Lembro que fiquei muito feliz depois desse jogo, foi uma partida difícil e sabíamos que seria assim. Enfrentamos dificuldades nos dois primeiros sets, mas a força do grupo provou que é possível. Conseguimos nos reerguer ao longo da partida e, juntos, além de trocas importantes feitas pelo Renan, mudamos o rumo da partida”, relembrou o atacante.

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Por conta da pandemia de coronavírus, Leal terá que esperar mais um ano para concretizar sua vontade de jogar uma Olimpíada, já que os Jogos de Tóquio foram adiados para 2021, mais precisamente de 23 de julho a 8 de agosto. “Temos que pensar pouco a pouco. O futuro agora está muito incerto, mas é claro que torcemos para que tudo isso passe e que o foco retorne à Olimpíada. O sonho de todo atleta é ser olímpico e o meu continuará sendo”, revelou o atleta da seleção brasileira, que espera fazer sua estreia na competição.

Lembranças do Sada Cruzeiro

Leal chegou ao vôlei brasileiro em 2012, quando foi contratado pelo Sada Cruzeiro. Em seis temporadas vestindo a camisa do clube mineiro, ganhou 25 títulos, sendo os principais deles os cinco troféus da Superliga e as três taças do Campeonato Mundial de Clubes. Em 2019, foi novamente campeão do mundo, mas, desta vez, superando seu ex-time, subindo ao topo do pódio pelo Lube Civitanova.

“Foi sensacional (conquista). Estávamos pensando nesse Campeonato faz tempo, queríamos demais sermos campeões mundiais. Jogamos muito bem todo jogo. Infelizmente foi contra o Sada Cruzeiro, que tenho um grande carinho, mas fui profissional, jogamos tudo o que tínhamos e fiquei feliz por mais esse título”, disse Leal. A equipe italiana ganhou a final realizada em Betim, Minas Gerais, por 3 sets a 1, parciais de 25/23, 19/25, 31/29 e 25/21.

https://www.instagram.com/p/Bx_gTqKiJb1/
Leal, na passagem pelo Cruzeiro, comemorando a liberação para jogar pelo Brasil

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