Desde a eliminação para a China nas quartas de final dos Jogos Olímpicos Rio-2016, seu último jogo antes de se afastar das quadras, até o retorno em amistoso diante da Argentina, Sheilla ficou pouco mais de três anos longe do vôlei. Bicampeã olímpica, a oposto deu uma pausa na carreira para ser mãe e o sonho da maternidade se concretizou no dia 5 de agosto de 2018, quando nasceram as filhas Liz e Ninna.
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Após esse período ausente, a atleta jogou a temporada 2019/20 pelo Itambé/Minas e regressou à seleção brasileira. Sheilla avaliou seu primeiro ano depois do afastamento “Minha temporada foi parcialmente dentro do que esperava. Já que meu objetivo era chegar voando nas finais da Superliga, que infelizmente não aconteceram”, afirmou a atleta em entrevista exclusiva ao Olimpíada Todo Dia.
De volta à rotina agitada de uma atleta fez com que Sheilla tivesse que aprender a lidar com a distância das filhas quando precisou viajar para jogar por seu clube ou seleção. “Foi bem difícil, acho que distância de filho não dá para se acostumar. Mas, como eu tinha um objetivo bem claro, acabei conseguindo”, destacou a jogadora.
Fim da Superliga e quarentena com as filhas
A Superliga feminina foi cancelada antes da fase de playoffs devido à pandemia de coronavírus. Na fase de classificação, o Minas terminou em terceiro, atrás apenas do Sesc-RJ e do líder Dentil/Praia Clube.
A decisão aconteceu em reunião da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) com os clubes e a Comissão de Atletas. Sendo assim, a edição de 2019/20 foi finalizada sem um campeão.
Em isolamento, Sheilla apontou a chance de ficar mais tempo perto das filhas como um aspecto positivo neste período difícil que o mundo está passando por conta do coronavírus.
“Com certeza a quarentena está sendo maravilhosa no aspecto de ficar juntinha delas, ainda mais nesta fase que estão começando a falar, já que cada dia sai uma palavrinha nova, ou a tentativa de palavrinha”, contou a bicampeã olímpica.
Fim do ranking: vitória das atletas
Sheilla foi sempre uma das vozes mais atuantes na luta pelo fim do ranking de atletas na Superliga feminina. Por muito tempo classificada com pontuação máxima, a jogadora se posicionava com frequência e contava com o apoio de suas companheiras que também estavam ranqueadas como 7, situação que limitava a escolha do clube que poderiam vestir a camisa.
E a reivindicação das atletas foi atendida em encontro de todos os envolvidos na competição, portanto, a temporada de 2020/2021 será sem o ranking. “Com certeza acabar com o ranking foi uma vitória, já era um objetivo antigo e que várias gerações já haviam tentado”, concluiu a bicampeã olímpica.
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Na ocasião, a votação apontou vitória por 7 a 4 pelo fim do ranqueamento das atletas, com Osasco Audax/São Cristóvão Saúde, Dentil/Praia Clube, Itambé/Minas, São Paulo-Barueri, Curitiba Vôlei, Sesi Vôlei Bauru e comissão de atletas sendo favoráveis. Por outro lado, Sesc-RJ, Flamengo, Fluminense e Pinheiros seguiram contrários ao término do ranking.