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Nicola Negro lamenta fim da Superliga Feminina: “frustrante”

Treinador acreditava que o Minas poderia defender o título, analisou a temporada e comentou sobre a situação da Itália, seu país natal e onde está isolado

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Nicola Negro fez sua primeira temporada no comando do Minas (Foto: Divulgação/Minas Tênis Clube)

Nicola Negro chegou ao vôlei do Minas com a responsabilidade de defender o título da Superliga Feminina. Com a pandemia do coronavírus, porém, o treinador italiano foi impossibilitado de completar a missão, já que o campeonato terminou de forma antecipada por conta da crise. Ele revelou a decepção com o fim precoce da temporada.

“É muito frustrante (terminar assim), porque o time estava muito motivado e confiante. Eu, pessoalmente, acredito muito que poderíamos defender o título. A nossa comissão técnica e as meninas também acreditavam muito nisso. É claro que a situação no Brasil e no mundo obrigou ser dessa maneira. É lamentável, mas, agora, é nos prevenir e esperar a próxima temporada”, disse o treinador em entrevista à assessoria do vôlei do Minas Tênis Clube.

Nicola Negro foi contratado para substituir o compatriota Stefano Lavarini, que levou o time ao título da Superliga Feminina, Copa Brasil e do Sul-Americano na última temporada, além do vice-Mundial. Com uma série de mudanças no plantel, porém, o Minas demorou a engrenar e só conseguiu defender o caneco continental. 

“Foi uma temporada positiva por diferentes aspectos. Começamos com muitas pessoas desconfiando do time, após a temporada histórica que foi a 2018/19, quando venceu tudo no Brasil. Mudou o técnico, trocamos várias peças importantes do elenco e trouxemos algumas jogadoras”, disse, destacando a metade final do Minas na Superliga.

“Depois (do título sul-americano), demos sequência à Superliga e terminamos a primeira fase com 57 pontos, mesmo número que o Sesc-RJ e um ponto atrás do Praia. Numericamente, isso foi muito positivo. Devo destacar que no segundo turno da Superliga conquistamos 30 pontos em 33 possíveis. Perdemos para o Sesc-RJ, que foi um jogo fora da curva”, acrescentou.

Retorno à Itália, epicentro do coronavírus

Em meados de março, Nicola Negro deixou Belo Horizonte e retornou à Itália, onde desembarcou em Veneza e foi direto para Jesolo, cidade em que mora. O treinador falou sobre a disseminação do coronavírus no país, que já soma mais de 10 mil mortes em decorrência da pandemia.

“É um momento muito difícil para todo o mundo. Aqui está muito complicado e polêmico se as medidas adotadas foram boas. Acredito que temos que confiar no trabalho dos médicos e nos agentes de segurança sanitária. Temos que respeitar os pedidos para tentar parar esse vírus. Limitar a liberdade das pessoas não é fácil, mas é a única maneira, neste momento, para tentar parar este vírus”, disse.

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Por conta de um decreto do governo italiano, que estabelece que todo viajante que volta à Itália precisa ficar 14 dias em isolamento, Nicola Negro está confinado sem poder sair de sua residência.

“Espero que eu não sinta nenhum dos sintomas. Neste momento, aqui, tudo está fechado, parece uma cidade fantasma. Qualquer movimento está limitado a apenas ao seu município e ninguém pode sair de sua municipalidade. O que nos resta é esperar e ficarmos atentos. Dediquei os primeiros dias a deixar a minha casa arrumada, a lavar algumas roupas e, agora, por exemplo, estou revendo alguns jogos. Vou passar os próximos dias estudando”, finalizou o treinador do vôlei do Minas.

https://www.facebook.com/mtcvolei/videos/227308604990479/

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