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Tóquio 2020

Adenízia fala sobre Olimpíada: “A minha esperança aumentou”

Em entrevista exclusiva, a central do Sesi Bauru falou sobre o adiamento dos Jogos Olímpicos e a importância do tempo que ganhou para recuperação

Adenizia ataca Brasil x Holanda
Adenízia em ação pela Seleção Brasileira de Vôlei Feminino (Crédito: FIVB)

A notícia do adiamento dos Jogos Olímpicos chegou com muito significado para a central do Sesi Bauru, Adenízia. Depois de realizar uma cirurgia no ombro, ficar nove meses totalmente parada, optar por voltar a atuar no Brasil e jogar um pouco a temporada da Superliga, a atleta comemorou o tempo que ganhou para buscar o seu maior sonho de estar na equipe do técnico José Roberto Guimarães em Tóquio 2020.

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“Tudo tem seu lado bom. A gente ultimamente só tem olhado as coisas ruins, mas eu ganhei tempo. A minha esperança aumentou. Todo mundo sabe que eu voltei para o Brasil para ter aquela oportunidade de ir para as Olimpíadas. Eu falei para todo mundo que eu estava abaixo, estava muito abaixo, queira ou não foram nove meses sem mexer o braço,” contou em entrevista exclusiva concedida no instagram do Olimpíada Todo Dia

“Eu estava menos 100%. Esse adiamento queira ou não me deu uma esperança maior. É triste, é triste o que está acontecendo no mundo, mas eu também tenho que ver o lado positivo, que eu vou poder correr atrás. Eu vou poder brigar de igual para igual,” completou Adenízia.

O tempo passa a ser bom de uma forma pessoal e também pensando no entrosamento e treinamento de uma Seleção: “O sonho está vivo. Em alguns momentos achei que não ia dar, não por minha qualidade, mas pela fase que eu estava do meu ombro, não é fácil. Com o adiamento, tenho meu sonho vivo. Até pra Seleção. Vai ser mais fácil estar treinando.”

Com o tempo fora das quadras, Adenízia afirmou que nasceu uma nova versão. A escolha com voltar ao Brasil estava ligada ao fato dela precisar jogar e não ficar no banco, como vinha acontecendo na Itália. Outro motivo, o técnico da Seleção Brasileira, José Roberto Guimarães, disse que precisava vê-la atuando pós cirurgia.

“Eu encontrei ele só no jogo entre Bauru e Barueri mesmo. Depois não falei mais com ele, desde que voltei. Falei ali rapidinho. Tem muito ainda o que trabalhar, todo mundo sabe disso. Não falei mais com ele. Agora, acho que ele tem visto os jogos que eu fiz com o Bauru. Jogos que eu fui bem e jogos que eu fui mal, que é normal pra minha recuperação. Não posso exigir estar 100%, porque não vai rolar. Só se eu fosse super heroi. Acho que ele viu (os jogos), acho que ele viu a minha força de vontade e acho que isso conta muito,” falou Adenízia.

“Reserva com muito orgulho”

Questionada sobre a melhor jogadora brasileira que já atuou ao lado, a central não fugiu da pergunta: “São muitas. Mas as melhores, vou falar mais de uma, sempre conversaram comigo e sempre estiveram ao meu lado, são as minhas madrinhas, então nem tem o que falar. Pra mim: Fabiana, Sheilla, Dani Lins, Camila Brait, Natália, Gabi e Thaísa. Essas pra mim são as melhores jogadoras que eu já joguei. Não só pelo voleibol, mas pela disponibilidade de ajudar as pessoas, de brigar e ter o mesmo objetivo.”

“Eu acho que no voleibol, a gente sempre foi consideradas campeãs pela maneira que nós enfrentávamos o dia a dia. Então essas meninas eram muito focadas. Eu aprendi muito. Principalmente com Thaísa e Fabiana. Eu brinco, eu sempre fui reserva delas, mas com muito orgulho. Porque querendo ou não eu treinava elas, eu ajudava elas, elas me ajudavam e me ensinavam muito. Então foi um crescimento enorme. Tenho orgulho de ter feito tudo que fiz por elas e pelo que elas fizeram por mim. Faria tudo igual,” refletiu Adenízia.

Jornalista formada pela Cásper Líbero. Apaixonada por esportes e boas histórias.

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