A pandemia de coronavírus causou o encerramento da Superliga feminina e das edições de ambos os naipes da divisão de acesso da competição nacional. No vôlei brasileiro, a única situação indefinida é a da Superliga masculina, já que na última reunião organizada pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) com os clubes e a Comissão de Atletas, a maioria dos votantes decidiu por aguardar até o dia 20 de abril, data de um novo encontro entre os envolvidos. Essa incerteza também ocorria com os Jogos Olímpicos de Tóquio, porém, nesta terça-feira (24), o Comitê Olímpico Internacional (COI) acabou com as dúvidas e adiou o evento para 2021.
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Rapha, capitão do ESM Taubaté Funvic e atual presidente da Comissão de Atletas, foi um dos que votou pelo fim do campeonato.
“Respeitamos a opinião de todos os clubes, atletas e dirigentes. Mas, após todos os diagnósticos de profissionais e entidades médicas e decretos governamentais, achamos que daqui um mês ainda não teremos condições de retomar as atividades. Então para que pudéssemos nos proteger da melhor forma, proteger nossas famílias, e toda a comunidade que trabalha com o vôlei, a Comissão de Atletas votou para encerrar a competição. Mas infelizmente fomos derrotados nessa votação”, comentou o levantador.
Campeão por Taubaté da edição 2018/19 da principal competição nacional, Rapha acredita que existam complicações que inviabilizam a retomada de onde parou.
“Os que votaram por manter a Superliga ainda paralisada, alegaram que era cedo para acabar. O que acarreta de prejuízo para nós, atletas, é a parte de preparação física, com certeza. Em Taubaté, por exemplo, por pelo menos 30 dias, por decreto municipal, nenhum ginásio ou espaço esportivo pode ser usado. Então isso inviabiliza qualquer tipo de treinamento, e gera uma incerteza geral até para que a equipe possa montar uma programação, já pensando num futuro retorno ao trabalho”, completou o atleta.
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EMS Taubaté, Pacaembu/Ribeirão Preto e Comissão de Atletas foram os que votaram pelo fim da Superliga. Por outro lado, os demais dez times (Sada Cruzeiro, Sesc RJ, Sesi-SP, Vôlei Renata, Fiat/Minas, Apan Blumenau, Vôlei UM Itapetininga, Denk Academy Maringá Vôlei, América Vôlei e Ponta Grossa Vôlei) decidiram por manter a indefinição até a próxima reunião no dia 20 de abril. Na Superliga feminina, o encerramento foi decretado com uma votação de 7 a 4 pelo término do campeonato.