O Brasil se acostumou nas últimas décadas a entrar como favorito em todas as competições de vôlei que disputa. Mas no Mundial de Clubes feminino, que começa nesta terça-feira em Manilla, nas Filipinas, o Rexona-Sesc, dirigido por Bernardinho, entra na disputa como azarão. O time é o atual tetracampeão brasileiro, conta com Juciely e Gabi, que defenderam o país na Rio 2016, além da líbero bicampeã olímpica Fabi e da recém contratada da holandesa Anne Bujs, mas o problema é o poder dos adversários que a equipe do Rio de Janeiro terá pela frente que são verdadeiras seleções mundiais.
“Nós somos um time tradicional, mas esse é um grupo novo. Nós estamos jogando contra algumas das maiores estrelas do vôlei aqui. São muitas grandes jogadoras do mundo todo. É um ótimo começo para nós aqui neste torneio. Nós podemos perder, mas vamos em frente. E se perdermos, trabalhar duro é a nossa opção. Para trabalhar duro, melhorar nosso jogo contra os melhores do mundo, vai ser uma experiência incrível para o nosso time”, declarou Bernardinho na entrevista coletiva oficial organizada pela Federação Internacional de Vôlei em Manilla.
As dificuldades que o Rexona irá encontrar pela frente começam já na fase de grupos. O adversário menos complicado deve ser o da estreia, o PSL Manilla, time da casa, que conta com algumas jogadoras estrangeiras e com o apoio de 15 mil pessoas que certamente lotarão o ginásio nas partidas da equipe, contra quem o Rio de Janeiro joga nesta terça-feira a partir das 9h30 no horário de Brasília.
Depois disso, só pedreira. Na segunda rodada, quarta-feira, o adversário será o Eczacibasi, da Turquia, atual campeão mundial, que conta em seu elenco com a brasileira Thaísa, bicampeã olímpica, com as sérvias Maja Ognjenovic e Tjana Boskovic, medalhas de prata na Rio 2016, as americanas Rachel Adams e Jordan Larsson-Burbach, e a craque russa Tatiana Kosheleva.
O último jogo da primeira fase, na quinta, será contra o Casalmagiore, da Itália, atual campeão europeu, que conta com sete estrangeiras no elenco, a sérvia Jovana Stevanovic, as americanas Carli Lloyd e Lauren Gibbenmeyer, a romena Carmen Turlea e as croatas Tamara Susic, Klara Peric e Samanta Fabris. Entre as italianas, se destaca a ponteira Lucia Bosetti, ex-jogadora da seleção do país, mas que foi fundamental na conquista da Champions na final contra o poderoso Vakifibank.
Por aí, já dá para entender a dificuldade que o Rexona terá pela frente. Conseguir uma vaga entre os dois times que se classificam para a semifinal não vai ser nem um pouco fácil. E se passar certamente mais pedreiras ainda vão surgir pela frente.
Na outra chave, os azarões são os asiáticos: Hisamitsu Springs, do Japão, e Bangkoc Glass, da Tailândia. Os outros dois europeus são potências, principalmente o turco Vakifbank.
Vice-campeão europeu, o time conta com uma constelação de jogadoras a começar pela chinesa Zu Ting, de 21 anos, medalha de ouro e eleita e melhor jogadora da última olimpíada. Fazem parte também do time a sérvia Milena Rasic, melhor bloqueio da Rio 2016, e a oposto holandesa Lonneke Sloetjes, que chegou a deixar a brasileira Sheilla no banco de reservas na temporada passada.
O Volero Zurich não tem a mesma força do Vakifibank, mas não dá para menosprezar o poderio da equipe suíça, que conta com a levantadora brasileira Fabíola, além da americana Foluke Akinderadewo e da sérvia Silvija Popovic. No Mundial passado, o time terminou em terceiro lugar, vencendo justamente o Rexona na disputa pela medalha de bronze.
Todos os jogos do Mundial terão transmissão ao vivo pela internet. A programação começa às 0h00 no horário de Brasília com o confronto entre Vakifbank e Hisamitsu Springs.
Às 3h, se enfrentam Volero Zurich e Bangkok Glass.
Às 6h entram em quadra Casalmagiore e Eczacibasi para o grande clássico da primeira rodada
Já a estreia do Rexona está marcada para 9h30 contra o time da casa, PSL Manilla.