Em saia justa após revolta e pressão de atletas, torcida, treinadores e clubes, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) cedeu e optou por fazer uma nova votação sobre o polêmico ranking da Superliga ainda nos próximos dias.
Na última quinta-feira (12), os clubes que disputam a Superliga feminina de vôlei decidiram manter o ranking para as atletas de sete pontos. Além disso, optaram por mudar de dois para três o limite de estrangeiras por equipe.
Além do resultado a favor da manutenção do ranking em si, o que desagradou aos contrários a decisão foi o fato de que os votos de São Paulo-Barueri e Curitiba Vôlei, ausentes na reunião por questões financeiras, não foram levados em conta, mesmo que tenham sido enviados de forma oficial à CBV antes do encontro, de acordo com o técnico do São Paulo Barueri José Roberto Guimarães.
“Nós mandamos um e-mail para a confederação, dizendo da nossa posição em relação ao fim do ranking, que nós éramos a favor da finalização, e de três estrangeiras, desde que não pudessem ser da mesma nacionalidade. E a CBV deu o ok para gente, isso foi feito pelo Renato D’Ávila. Eu fiquei tranquilo, como ele deu o ok, estava tudo certo. Quando houve a convocação, não existia nada sobre a obrigatoriedade de ser presencial. E nós mandamos oficialmente, por um documento do clube”, afirmou o treinador, em entrevista ao “globoesporte.com”.
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Depois de muitas reclamações através das redes sociais de jogadoras como Sheila e Thaísa, a CBV optou por refazer a votação. Através de um comunicado enviado às equipes, o superintendente Renato D’Ávila explicou o porquê da nova decisão. Confira-o na íntegra abaixo.
“A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) esclarece que sempre respeitou a opinião dos clubes participantes da Superliga. Seguindo este padrão, na manhã de quinta-feira (12), em reunião realizada aqui na CBV ficou decidido pelos clubes, por unanimidade e após duas consultas, que seriam validados apenas os votos dos times presentes em relação à definição de dois temas: ranking e estrangeiras para a Superliga 2020/2021. A CBV seguiu a conduta adotada comumente, porém, como nos últimos anos houve consulta por e-mail, e desta vez dois clubes fizeram encaminhamento e não foram informados que estes votos não seriam aceitos, a entidade entende por bem realizar uma nova reunião para determinação final quanto ao ranking na Superliga 2020/2021″, disse Renato D’Ávila, superintendente da entidade, no comunicado enviado às equipes”.