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Vôlei

Bernardinho e José Roberto entram no Hall da Fama do COB

José Roberto Guimarães e Bernardinho no Hall da fama do COB
(fotos: Gaspar Nóbrega/CBV)

Treinadores mais vitoriosos do vôlei nacional, Bernardinho e Zé Roberto Guimarães entraram oficialmente no Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil (COB) nesta segunda-feira (21), durante o lançamento da temporada 2019/2020 da Superliga, em São Paulo.

“Esse não é um prêmio individual, é uma conquista coletiva. Fiz parte de um grupo de atletas que conquistou uma medalha tão significativa. Vim representá-los e também as outras gerações que estão aqui. Então, quero agradecer a cada um de vocês, parceiros de batalhas antigas e companheiros mais jovens, de novas batalhas. Foi uma honra poder lutar ao lado de vocês e é uma honra poder representar todos vocês”, discursou Bernardinho, dono de sete medalhas olímpicas, sendo seis como treinador.

“Tenho que agradecer às pessoas que jogaram comigo, os meus treinadores e professores. Mas preciso agradecer muito a duas pessoas, além da minha família,: ao Bebeto de Freitas, meu mentor, aquele que me deu a oportunidade de conhecer o que era integrar a seleção nacional; e ao o Paulo Márcio, meu guru, que me ajudou durante todos os anos na seleção”, disse o tricampeão olímpico Zé Roberto, que ainda brincou com os jogadores de sua geração presentes à cerimônia: “nós, levantadores, tanto o Bernardo quanto eu, fora o William, fizemos o nome dessa galera. Nós poupamos as costas e os joelhos de vocês”.

O evento contou com a presença de grandes estrelas da modalidade, principalmente dos campeões olímpicos em Atenas 2004 e dos vice-campeões em Los Angeles 1984, que também foram homenageados por suas conquistas. Membro do Comitê Olímpico Internacional e ícone da “Geração de Prata”, Bernard Rajzman representou o COB na cerimônia e destacou a importância da dupla Bernardinho e Zé Roberto para o vôlei brasileiro.

“O nosso voleibol é espelho para tantas coisas. Ele serve como referência não só no campo esportivo, mas em todos os aspectos; é um esporte que se solidificou e que consegue crescer em resultados a cada ano. Essa é uma iniciativa maravilhosa do COB, e tenho orgulho de ter feito parte do júri que elegeu esses dois nomes, esses monstros sagrados do esporte, que tanto contribuíram para o desenvolvimento do esporte nacional.”

Idealizado em 2018, o Hall da Fama do COB pretende eternizar os atletas e treinadores que ajudaram a construir a história olímpica do país, promovendo o Olimpismo e inspirando novas gerações. Para isso, será montado um espaço exclusivo, aberto à visitação pública, no Centro de Treinamento Time Brasil, futura sede administrativa da entidade.

Além de Bernardinho e Zé Roberto, já integram o Hall da Fama os seguintes nomes: Hortência Marcari, campeã mundial de basquete em 1994 e prata nos Jogos Olímpicos Atlanta 1996; Chiaki Ishii, primeiro medalhista olímpico do judô brasileiro (bronze em Munique 1972); o velejador Torben Grael, maior medalhista olímpico do Brasil; a dupla do vôlei de praia Sandra Pires e Jackie Silva, primeiras brasileiras campeãs olímpicas (Atlanta 1996); e Vanderlei Cordeiro de Lima, bronze na maratona em Atenas 2004 e único brasileiro a receber a medalha Pierre de Coubertin, maior honraria do Movimento Olímpico.

Ainda em 2019, serão homenageados: Joaquim Cruz, campeão olímpico dos 800m em Los Angeles 1984 e prata em Seul 1988; Magic Paula, campeã mundial de basquete em 1994 e prata nos Jogos Olímpicos Atlanta 1996; e os já falecidos Guilherme Paraense, atirador, primeiro campeão olímpico do país na história dos Jogos Olímpicos, em Antuérpia 1920; João do Pulo, bronze olímpico no salto triplo em Montreal 1976 e Moscou 1980; Maria Lenk, nadadora, primeira mulher sul-americana a disputar os Jogos Olímpicos, em Los Angeles 1932; e Sylvio Magalhães Padilha, primeiro sul-americano a disputar uma final olímpica no atletismo, nos 400m com barreiras, em Berlim 1936

Bernardo Rezende (Bernardinho)

  • Ouro nos Jogos Olímpicos Atenas 2004 e Rio 2016 (treinador da seleção masculina)
  • Seis medalhas olímpicas como treinador (duas na seleção feminina e quatro na masculina)
  • Prata nos Jogos Olímpicos Los Angeles 1984 (como atleta)

José Roberto Guimarães

  • Ouro nos Jogos Olímpicos Barcelona 1992 (treinador da seleção masculina)
  • Ouro nos Jogos Olímpicos Pequim 2008 e Londres 2012 (treinador da seleção feminina)
  • Único treinador na história que foi campeão olímpico com seleções de ambos os naipes

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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