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Vôlei

Sobrinha de Fofão contraria tia e inicia trajetória no vôlei

Aos 19 anos, sobrinha da ex-levantadora é a líbero do São Caetano na temporada de 2019/2020 e segue os passos da tia no vôlei

Osvaldo F./Contrapé

Quem acompanha os jogos do São Caetano, na atual temporada do vôlei feminino, vê um time relativamente jovem, mas uma das jogadoras chama atenção. Além de ser uma das mais novas de todo o elenco, com 19 anos, Paulina Rogério de Souza carrega um dos sobrenomes desconhecidos mais pesados da modalidade no Brasil.

A jovem líbero do time do ABC é sobrinha de Hélia Rogério de Souza Pinto, a ex-levantadora Fofão, única mulher do vôlei brasileiro com três pódios olímpicos. Apesar de ter como tia um dos maiores nomes da modalidade no mundo, Paulina já começou contrariando a ex-camisa sete da Seleção Brasileira.

Osvaldo F./Contrapé

“Ela odiou a ideia de eu ser líbero, queria que eu fosse atacante ou levantadora. Mas eu sempre gostei de defender e acho que quando ela viu o quanto eu gostava da posição acabou entendendo”, comentou Paulina.

Questionada pela reportagem do Olimpíada Todo Dia sobre o porque era contrária ao fato da sobrinha ser líbero, Fofão explica. “Eu gostaria que ela conhecesse um pouco da posição de levantadora. Tentei muito para que isso acontecesse, mas sempre respeitei a vontade dela. A Paulina tem que fazer o que a deixa feliz e tenho certeza que ela gosta muito de ser libero”, disse a campeã olímpica em Pequim 2008.

Na primeira competição que disputou no time adulto, Paulina ajudou o São Caetano a terminar a primeira fase do Paulista feminino de vôlei na quinta colocação. Durante os jogos, Fofão esteve presente em alguns e acompanhou a sobrinha.

“Ela assiste e acompanha todos os que consegue. Não é daquelas pessoas que fica falando, comentando, dizendo o que acha. Ela me deixa jogar e já assumiu que quando sabe que vai estar em jogo meu fica muito nervosa. Existem momentos que eu converso com ela, peço algumas dicas, mas preferimos não falar tanto de vôlei quando estamos juntas e eu penso que assim é bom”, disse Paulina.

Quem pensa que o vôlei está no sangue da família só por conta de Fofão se engana. Além de ser sobrinha de uma das maiores jogadoras que já atuaram com a camisa da Seleção Brasileira, Paulina conta com uma torcida diferente.

“Todo mundo da família sempre foi ligado no esporte. Minha mãe, meu tios, minhas tias, literalmente todo mundo. Se estamos juntos estamos brincando e falando de esporte e provavelmente de vôlei. É uma família vôlei eu diria e isso me ajuda muito”, disse a atleta.

Começo da carreira profissional aonde a tia atuou

Em 2008 São Caetano montou um grande time de vôlei. Contando com Fofão, Sheilla, Mari, Juciely e Mari Paraíba, o time do ABC paulista terminou duas temporadas da Superliga Feminina na terceira colocação. Então com oito anos de idade, Paulina guarda bons momentos daquele período em que a tia atuou na equipe.

Fernando Gomes/Arquivo pessoal

“Eu não lembro muito dela jogando aqui. O que eu guardo de recordação são os treinos. Eu vinha junto e, como não parava quieta, lembro de brincar muito com a bola”, disse a líbero.

Seguindo os passos da tia no vôlei, Paulina lembra do dia em que foi avisada que iria começar a jogar no adulto do São Caetano. “Foi no fim da última temporada. Vieram falar comigo, avisando que iriam fazer essa experiência e se eu aceitava. Sinceramente não tem como falar não. Dá um frio na barriga, você olha as jogadoras, muitas que você é fã, então é aquela tensão de nervosismo. Espero conseguir alcançar parte do sucesso da Fofão no esporte”, finalizou a líbero.

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