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Vôlei

Destaque da Seleção sub-20 se espelha na mãe ex-atleta

Arquivo pessoal

O ditado popular já diz que “filho de peixe, peixinho é”, e no voleibol não faltam exemplos de pais e filhos que tiveram sucesso na modalidade. No atual elenco da seleção brasileira sub-20 feminina mais um exemplo deste dito começa a surgir: a ponteira Ana Cristina, que chama a atenção com seus 1,92m de altura e apenas 15 anos. A jovem é filha de Cecília Menezes de Souza, a Ciça, ex-atleta com vasta participação na Superliga.

A jovem jogadora começou a carreira no esporte há bem pouco tempo. Antes o vôlei não passava de diversão e um passatempo junto à mãe. Ainda bebê Ana Cristina já frequentava os ginásios acompanhando os treinos da mãe, e sentiu o sangue “falar mais alto” depois de começar a participar de uma escolinha de vôlei junto com uma amiga. A altura e a força física ajudaram no sucesso quase imediato da menina.

“Desde os três meses de idade ela já ficava à beira da quadra. Conforme foi crescendo ela queria participar dos treinos. Ela sempre gostou do vôlei, mas de dois anos para cá percebi um interesse maior por parte dela, de querer transformar em profissão. Ela tem o porte perfeito, com potencial de altura e força. Mas nossa preocupação maior é que ela faça todo o processo se queimar etapas, tenha foco para se desenvolver”, disse Ciça, ex-ponteira com passagens pelo São Bernardo, São Caetano e Rio do Sul.

Com mãe atleta de voleibol e pai jogador de basquete acabou que Ana Cristina tivesse no esporte um modelo a seguir.

“Sempre assisti aos treinos da minha mãe, às vezes eu batia bola com ela. Até que um dia uma amiga me chamou para fazer escolinha de vôlei, eu nunca tinha pensado em levar a sério até então. Via a minha mãe jogando, comecei a jogar. Em casa ela me dá dicas até hoje, me ajuda com ataque, com o passe. É um sonho defender a seleção brasileira. Eu comecei a jogar em São Caetano, primeiro como central, já joguei como oposta e agora foco na ponta. Meu pai também foi jogador de basquete, então o esporte é algo que está no sangue”, contou Ana.

Em pouco tempo de carreira Ana Cristina já veste a camisa amarela da seleção brasileira e está no México com a equipe sub-20 para disputar para disputar pela primeira vez o Mundial da categoria. O técnico do time é Hairton Cabral, velho conhecido de Ciça, e um dos principais responsáveis pela chegada na jovem no time nacional.

“Eu trabalhei com o Hairton no São Caetano e ele foi muito importante na minha carreira. Ele é um técnico que se preocupa muito em desenvolver os fundamentos das atletas. Sei que ela está em boas mãos. Antes de ela ser convocada ele me ligou e nós conversamos. Eu dei muito apoio. Quando estávamos no carro, indo para o aeroporto para ela se apresentar à seleção, eu disse para ela aproveitar a oportunidade, sem se estressar, sem se pressionar, jogar solta aquilo que ela é capaz”, explicou Ciça, que foi campeã mundial sub-20 em 2001 com o Brasil.

O Brasil vai ao Mundial com as levantadoras Rose Evaristo e Kenya Malachias; as opostas Jheovana e Kisy Cesário; as centrais Laura Kudiess, Júlia Kudiess e Daniela Seibt; as ponteiras Julia Bergmann, Mayara Barcelos, Ana Cristina e Tainara; e a líbero Letícia Moura. A estreia será  nesta sexta-feira, contra a República Dominicana, às 19h30 (horário de Brasília).

A seleção feminina Sub-20 do Brasil tem um bom retrospecto em campeonatos mundiais nesta categoria. As brasileiras acumulam 13 medalhas ao longo da história da competição (seis ouros, cinco pratas e dois bronzes). Na edição passada, em 2017, também no México, as brasileiras ficaram com a quinta posição. A última vez que as meninas do Brasil subiram ao lugar mais alto do pódio foi na Tailândia em 2007.

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