O Brasil venceu a Austrália por 3 a 2 na segunda rodada da Liga das Nações em Katowice, Polônia, neste sábado (1º). As parciais foram de 32/34, 25/16, 25/19, 27/29 e 15/13. Foi a segunda vitória em dois jogos e, no domingo (2), é a vez de pegar a forte dona da casa a partir das 12h, com acompanhamento ao vivo aqui no Olimpíada Todo Dia.
O jogo foi mais sofrido no final do que parecia que iria ser. Após perder um primeiro set bem parelho, a seleção brasileira venceu os dois seguintes com folgas e caminhava tranquila para fazer 3 a 1. Porém, em uma sequência de quatro aces de Walker, os australianos renasceram, empataram o jogo e ficaram na frente do tie break até o 12 a 11. Só então o Brasil conseguiu uma sequência que garantiu a vitória por 15 a 13.
O jogo marcou a estreia do ponteiro Leal, cubano naturalizado brasileiro, no primeiro jogo em que um atleta não nascido no país defendeu a camisa da seleção. O atacante começou discreto, mas a partir do segundo set se soltou e fez uma boa estreia.
Com 30 anos, Leal chegou ao Brasil em 2012, ganhou quatro Superligas com o Cruzeiro e confirmou sua naturalização em 2015. Em 2019 a Federação Internacional de Vôlei liberou sua participação na seleção brasileira.
There is only one way a spike can end up, if you leave #9 Leal 🇧🇷 without a block…
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Bruninho e Renan Dal Zotto não participaram da partida, o levantador por estar de folga e o técnico, suspenso. Assim como na vitória contra os Estados Unidos nesta sexta (31), na estreia da Liga das Nações, o Brasil foi comandado por Marcelo Fronckowiak.
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Parecia tudo sob controle, mas…
O primeiro set foi uma batalha do começou ao fim. Os times sacaram bem, especialmente nos chamados “chapados”, e foram trocando bolas sem parar até para lá dos trinta pontos. A Austrália teve diversos set points, o Brasil também desperdiçou algumas chances de fechar, e a bola que encerrou a parcial nasceu em um passe ruim do Brasil. No contra-ataque Walker fez o 34 a 32 e já dava mostras que iria nos complicar.
O Brasil voltou melhor no segundo set e aos poucos começou a tomar conta da parcial. Primeiro fez 6 a 4, tomou o empate em sete, depois avançou de novo no 11 a 9 e chegou a cinco de frente no 15 a 10, a maior do jogo até então. Ela cresceu ainda mais e chegou a nove no final do set: 25 a 16.
Na terceira parcial o Brasil manteve a autoridade em quadra, com todos os fundamentos funcionando com regularidade, e naturalmente foi deixando a Austrália para trás. No primeiro tempo técnico a vantagem já era de cinco pontos e terminou o set em seis. 25 a 19.
Walker
O quarto set tinha tudo para ser protocolar. O técnico australiano não achava meios de parar o Brasil, que ia subjugando os adversários. Chegou no tempo técnico com 8 a 3 e levou a 12 a 4 a seguir. Foi aí que o Walker nos complicou.
O ponteiro australiano encaixou quatro aces seguidos sacando em quatro locais distintos da quadra e alternando paulada com bola colocada. A Austrália renasceu. Sem contar que ele resolver pegar tudo o que Leal batia. Chegou a defender duas pauladas inacreditáveis do brasileiro da entrada de rede (veja abaixo). Junto com ele, Richards “dobrou de tamanho” em quadra e começou a virar tudo.
It’s not easy to pick up two spikes from #9 Leal 🇧🇷, but #9 Wallace De Souza🇧🇷 seals the deal for Brazil🇧🇷!
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Resultado, a Austrália cortou a vantagem para 13 a 12 e empatou em 17, mesmo após o Brasil recuperar parte do fôlego no 16 a 12. O set engrossou e passou a ser ponto a ponto, até que os australianos viraram no 22 a 21 e, novamente após uma série de set points, fecharam no 29 a 27 em um erro de recepção de Douglas.
Após a virada na parcial anterior, a Austrália entrou cheia de moral no tie-break e conseguiu uma vantagem de dois pontos logo no começo, no 4 a 2, e depois três no 10 a 7. No momento da decisão, porém, o Brasil falou mais alto e na sequência marcou oito pontos contra três dos rivais garantindo a vitória por 15 a 13.