Sem medo de errar, mas querendo atingir um padrão. Assim foi o amistoso entre Brasil e Canadá realizado nesta noite de quarta-feira (22), em Campinas, São Paulo. Contudo, chega uma hora que ninguém quer perder o amistoso, e o Brasil acabou ganhando porque quis mais a vitória: 3 sets a 2, parciais de 22/25, 25/17, 21/25, 25/20 e 15/10
As equipes desceram o braço no saque, castigaram a rede e mandaram muita bola para fora. Faz parte do ajuste de ambas as seleções que se preparam para a estreia na Liga das Nações.
E nessa linha, o Canadá se deu melhor no primeiro set. O saque bagunçou a recepção brasileira. Pequenas confusões entre Douglas Souza e Wallace com o líbero Thales, mas muito mérito dos canadenses, principalmente de Vernon-Evans, o camisa 10 canadense.
Destaque para a sintonia entre Cachopa e Douglas Souza, o ponteiro virou a maioria das bolas e não tomou conhecimento do bloqueio canadense. A bola com Wallace entrou menos. O levantador brasileiro não estava acelerando a bola. Isac não foi muito efetivo pelo meio, Maurício Souza se aproveitou melhor das chances de que teve.
Na segunda parcial, o braço dos canadenses cansou. O saque caiu vertiginosamente e os ataque também. Já o Brasil elevou seu jogo, cresceu no saque e foi acumulando pontos. Douglas Souza não desperdiçava nenhuma, matava com força, com jeito e com sorte.
Maurício Souza, e seu saque colocado, fizeram um grande estrago na recepção canadense, e o Brasil foi abrindo vantagem. Com folga no placar, Renan tirou Rodriguinho e colocou Lucas Lóh. Sem grande problemas, o Brasil fechou o segundo set.
A terceira parcial foi a mais disputada. A combinação entre o levantador Walsh e Szwarc pelo meio manteve o Canadá na frente por boa parte do set. Sem falar que os adversários tiraram o peso no saque, botando a bola mais em jogo e vendo o que dava. E deu. O Canadá abriu 16 a 11 e foi mantendo a vantagem. Os brasileiros seguiram errando muito no saque e perderam. Sem falar que o bloqueio do Brasil foi praticamente inexistente pontuando e muito fraco chegando e encostando nas bolas.
E se o terceiro set foi uma reprise do primeiro, o quarto foi mais difícil, mas muito parecido com o segundo. O Brasil voltou disposto a forçar o quinto set. Errando menos e pondo a bola em jogo, o time brasileiro foi pontuando e se mantendo à frente. Wallace deu confiança e estabilidade para o time. Dois bloqueios simples seguidos de Isac foram fundamentais.
Na parcial decisiva, Renan sacou Cachopa e colocou Thiago. O levantador reserva começou o tie-break salvando duas grandes bolas, agitou o grupo e levantou o ginásio. Os canadenses pareciam entregues em quadra, enquanto os brasileiros vibravam muito. Não deu outra, vitória brasileira no tie-break.
