O time do Vale do Paraíba venceu o Sesi por 3 a 1, no último sábado e garantiu o título da Superliga Masculina 2018/2019. Mas não é mentira, o time de Taubaté não estava bem durante a temporada. Dúvidas em mais de uma posição no time titular e o rendimento da equipe abaixo do que se esperava. Tudo isso começou a mudar após a derrota para o Bolívar, na semifinal da Libertadores de vôlei masculino, em pleno ginásio Abaeté.
Após a derrota, o então técnico Daniel Castellani foi demitido e após uma partida com técnico interino, o time do Vale do Paraíba confirmou a contratação do técnico da Seleção Brasileira de vôlei masculino, Renan Dal Zotto. Com a chegada do novo comandante, algumas coisas no time foram sendo alteradas: como, por exemplo, a entrada maior de jogadores que, até então, não estavam jogando muito. Isso causou uma maior rotação do elenco em determinadas partidas.
Mesmo com a tentativa de mostrar ao seu grupo de jogadores que era preciso que todos estivesse bem, para que o Taubaté tivesse o melhor resultado possível, Renan Dal Zotto teve que trabalhar contra o tempo. Segundo o técnico dois fatores fizeram com que isso acontecesse de forma mais rápida:
“Não posso deixar de ressaltar que existia uma ideia de jogo e um estrutura que foi deixada pelo Castelani que eu usei. Mas não posso deixar de falar da entrega dos atletas. Todos, sem exceção nenhuma, se dedicaram ao máximo, em todos os aspectos, para que a conquista viesse”, comentou o treinador.
Para o experiente oposto Leandro Vissotto, que nitidamente cresceu o volume de seu voleibol na reta final da temporada e foi eleito o melhor jogador do último jogo da decisão da competição nacional, a chegada de Renan é um marco na temporada do time do Taubaté.
“Se você me perguntasse (se o Taubaté seria campeão da Superliga) no meio da temporada, acho que não só eu, como todos falariam que não. Todos estavam desacreditados, mas o Renan mudou isso. Superamos os problemas, tivemos a humildade de cada um contribuir com o seu melhor e isso fez a diferença pra sermos campeões”, comentou o atleta.
Volta de lesão mais complicada da carreira com MVP
Aos 27 anos, o ponteiro Lucarelli viveu uma temporada especial na Superliga 18/19. Depois de ficar pouco mais de oito meses fora das quadras em recuperação de uma lesão no tendão de Aquiles, o jogador voltou a sua melhor forma durante a competição e foi peça decisiva na companha que culminou com o título da equipe do interior de São Paulo. O campeão olímpico foi eleito o MVP e um dos dois melhores ponteiros da competição. Bastante emocionado depois da cerimônia de premiação, o atacante fez questão de agradecer o apoio recebido.
“Se for pegar pela temporada, talvez não dessem a nossa equipe como candidata ao título pelos altos e baixos que apresentamos ao longo da temporada. E ser coroado com esse título é muito bom. A equipe merece bastante, lutou muito, passou por cima de vários momentos ruins, sangramos muito na quadra para poder curtir esse dia de hoje com esse título”, declarou Lucarelli.
Em sua quarta final de Superliga, o ponteiro comandou o Taubaté na vitória contra o Sesi, por 3 sets a 1, e conquistou o tão sonhado título da competição nacional pela primeira vez na carreira. Para o atleta, não há como negar que havia sim uma vontade maior para que a conquista saísse.
“Depois de três finais perdidas, acho que chegar na quarta final não existia uma pressão, mas uma vontade maior para a conquista do título. Nosso time foi evoluindo bastante e sabíamos que poderíamos ganhar, mas que teríamos que dar o máximo para isso”, finalizou o ponteiro.