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Vôlei

“Hoje eu vejo que tudo valeu a pena”, diz Rapha sobre Taubaté

Após anos de muito sucesso na Itália e ao redor do mundo, experiente levantador escolheu a cidade do Vale do Paraíba para retornar ao Brasil e transformou a relação para além da quadra

O sonho acabou, agora ele é realidade. O Taubaté superou o Sesi em uma série de cinco partidas e conquistou o tão sonhado título da Superliga masculina de vôlei na temporada 2018/2019. Contando com um alto investimento desde a temporada de 2014/2015, o maior símbolo do projeto é o levantador e capitão Rapha.

Quando chegou ao projeto, em 2014, onze anos depois que tinha partido do Brasil para jogar na Europa, apesar de ser extremamente conhecido e respeitado na Itália, poucos sabiam quem era o atleta por aqui, mas isso não foi problema para que a sinergia entre a torcida, a cidade e o atleta existisse.

“É uma torcida, que junto com a cidade, ama o voleibol e vem mostrando isso a cada dia para nós. Seja onde for, eles vão nos acompanhar, não param de gritar, de empurrar. É diferente”, comentou o levantador.

Há cinco temporadas no projeto, Rapha esteve presente em todo o processo de amadurecimento do time, desde as primeiras conquistas, a hegemonia no estado, o primeiro título de âmbito nacional, que foi a Copa Brasil em 2015 e o bicampeonato em 2017 e as finais de Superliga de 2016/2017 e de 2018/2019.

Para o levantador a conquista do último sábado (11), ao fechar a série final da Superliga em 3 jogos a 2 contra o Sesi, é a confirmação do que já vem sendo construído há anos e que, apesar de estar prestes a completar 40 anos de idade, deixa o atleta muito honrado e com o gostinho de quero mais.

“Isso é o trabalho de um projeto sério, que vem crescendo a cada ano, com uma mentalidade de sempre querer mais. A conquista da Superliga foi a cereja para o bolo. Fico feliz de ter sido o capitão e de ter levantado os troféus nesse período, é um orgulho imenso pra mim, ter feito parte de todos esses títulos. Hoje eu vejo que tudo valeu a pena”, disse o experiente levantador.

Diferente do Sesi, que conseguiu uma temporada muito consistente, principalmente após a derrota na semifinal da Libertadores de vôlei para o Sesc, o Taubaté sofreu com muita irregularidade, o que culminou na saída do técnico Castelani na reta final da Superliga Masculina. Por conta disso, o levantador é categórico ao falar do que achou do ano da equipe:

“A mais difícil de todas. Eu não sou mais tão novo assim, mas eu nunca na minha carreira, em nenhum lugar do mundo, passei por tanta coisa como nesta temporada. Mas isso também fez com que essa conquista tivesse um gosto especial. A dificuldade mostrou pra gente como foi bom a força do grupo, a união de todos, de todos brigaram e lutarem por tudo”, falou o capitão da equipe do Vale do Paraíba.

Sobre o futuro, apesar de já estar na reta final de sua carreira, Rapha pensa em continuar na ativa. “Tenho mais um ano de contrato, até a próxima temporada, 2019/2020, mas depois vamos ver aonde eu vou, o que nós vamos fazer, tenho um carinho enorme por Taubaté e espero poder ficar”, finalizou.

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