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Tandara comenta adaptação na China: “Trouxe feijão do Brasil”

Há pouco mais de um mês vivendo na China, Tandara contou ao Olimpíada Todo Dia como tem se adaptado ao novo estilo de vida. Confira!

Tandara comenta adaptação na China: "Trouxe feijão do Brasil"
Reprodução/Instagram

Desde sua chegada à China, há aproximadamente um mês, Tandara tem buscado se adaptar à cultura oriental. Os tradicionais arroz e feijão brasileiros fazem falta, mas segundo a jogadora, tudo é uma questão de ambientação.

“Nossa adaptação foi muito tranquila. Eu estou acostumada a viajar e a comer o que tem, sempre fui muito corajosa e aberta a experimentar as coisas, mas a minha preocupação maior era a Maria Clara (filha)”, contou Tandara em entrevista exclusiva ao Olimpíada Todo Dia.

A atleta levou feijão, cuzcuz, farinha, temperos e leite condensado em sua mudança, mas acabou encontrando muitos desses ingredientes por lá. “Eu e o Cleber (marido) procuramos tudo, tem uns mercados muito internacionais, que tem o que temos no Brasil. Falta uma coisinha ou outra, mas a gente supre”, completou.

Melhor jogadora da Superliga feminina de vôlei 2017/2018, Tandara decidiu trocar o Brasil pela China em meados do mês de maio. Acostumada com temporadas mais longas e exigentes, a atleta comentou a opção por uma Liga mais curta.

“Sinto que aqui é um pouco menos corrido, um pouco menos estressante. Não só o meu corpo, mas a minha cabeça também estava precisando descansar um pouco. E eu estou muito feliz com a minha decisão”, comentou Tandara, sem medo de que seu nível técnico seja afetado.

Ainda assim, em uma de suas primeiras partidas com o Guangdong Evergrande pela liga chinesa, Tandara sofreu uma lesão. Ao tentar bloquear uma adversária, a atleta caiu de mau jeito e acabou torcendo o tornozelo esquerdo. Apesar do susto, a brasileira, que mantém o pé imobilizado e utiliza muletas, afirmou que não passa de uma entorse comum e que logo estará de volta às quadras.

Experiência compartilhada

Tandara - Guangdong Evergrande

Foto: Reprodução/Instagram

Com sua bagagem no vôlei brasileiro e na seleção, aos 30 anos de idade, Tandara se tornou referência no Guangdong Evergrande. A brasileira é a atleta mais velha do time, seguida pela búlgara Dobriana Rabadzhieva, de 27. Depois das duas, a atleta mais velha tem apenas 21 anos.

“As meninas são muito novas e estão se adaptando, cada dia mais a gente está se entrosando. Acho que o crescimento virá diante dos jogos, dos novos desafios”, afirmou a brasileira. “Eu não tenho medo de que meu nível caia. Eu acredito que, como são meninas novas, muito corajosas e que querem muito evoluir, eu tenho mais chance de puxá-las para o crescimento do que eu cair”, acrescentou.

Apoio da família

Neste primeiro momento, o marido Cleber e a filha Maria Clara acompanharam Tandara na mudança para a China. Antes disso, os pais da atleta também aproveitaram o máximo de tempo com ela no Brasil.

Tandara - família

Foto: Reprodução/Instagram

“Tenho o interesse de trazer a minha família para mostrar para eles como eu vivo, o clube e a cidade. Para eles participarem também desse meu primeiro desafio fora do Brasil. Eu estou muito feliz, principalmente porque minha família está comigo e não me vejo longe deles”, contou.

Cleber, porém, ficará dividido entre o Brasil e a China, fazendo viagens constantes por conta de seu trabalho. Sendo assim, Tandara conta a ajuda de Neide para cuidar da pequena filha.

Tandara - Filha

Foto: Reprodução/Instagram

 

“Acredito que em algum momento a gente tenha que se separar, porque cada um tem o seu trabalho e suas dificuldades. Mas assim como eu me adaptei com ele aqui, com o Cleber me dando todo o suporte, eu vou ter que mudar também e me adaptar quando ele não estiver aqui”, finalizou.

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