O Brasil terminou o Mundial de Vôlei Feminino fora dos seis primeiros colocados. O rendimento da Seleção, no entanto, ainda é conversado entre as atletas, que buscam evoluir para os objetivos de curto e longo prazo. Prestes a começar o campeonato nacional, as jogadoras comentaram sobre o momento da Seleção Feminina, que precisa reagir e buscar uma vaga na Olimpíada de Tóquio 2020. Vale lembrar que sistema de disputa deve mudar.
“A Seleção é sempre muito bom, poder estar defendendo o nosso país. Infelizmente, no Mundial, a gente não pôde sair como a gente gostaria, né? Com, pelo menos, alguma medalha, mas a gente sabe que o caminho é sempre esse, nem sempre a gente pode ganhar, mas é praticamente nas derrotas que a gente tem os maiores aprendizados. Então assim… Estou feliz de estar no meu clube, quero acabar esse finalzinho da minha recuperação pra poder ajudar e poder fazer uma boa temporada pelo Minas”, disse Natália, em entrevista exclusiva ao Olimpíada Todo Dia.
Gabi Guimarães também reforçou o mesmo discurso: “Eu acho que foi um ano de muito aprendizado, né? Assim como foi na Olimpíada pra gente. A gente passou por um momento muito difícil no mundial, que foi a desclassificação antes do final six. A gente está tentando trazer isso para cá. Servindo de combustível para os novos objetivos agora. A gente pensando que o grande objetivo é Tóquio 2020. A gente tem conversado bastante, muita coisa que aconteceu, de erros que cometemos, o que a gente precisa evoluir, porque os objetivos são curtos e a longo prazo também, né? Então os objetivos nacionais agora com o clube também são muito importantes também para pensar no futuro com a Seleção também.”
Muito se especulava sobre o possível retorno de Camila Brait para a Seleção Feminina neste ciclo. Questionada, Brait disse que Tóquio 2020 não mexe com ela e foi enfática ao responder não para a possibilidade de voltar a vestir a amarelinha: “Não. Hoje, eu penso 100% no Osasco. Penso 100% aqui no clube, na Superliga, principalmente agora que acabou o Campeonato Paulista. Eu estou muito focada, eu quero fazer uma ótima Superliga, eu quero muito ajudar meu time, então eu estou 100% com o pensamento no Osasco.”
Retornos já vistos na última competição. Dani Lins e Thaísa reforçam a Seleção de Vôlei Feminino e vivem momentos de adaptação, uma após gravidez e outra depois de longo tempo se recuperando de lesão. Em comum, a empolgação pela camisa verde e amarela.
“Eu falo assim… São duas prioridades… A Lara e a Seleção. A gente vai ajustando da forma que pode. Então, a Lara está crescendo, ela está começando a entender que a mamãe tem que treinar, que a mamãe tem que trabalhar. Então isso fica muito mais fácil para mim, por isso que eu a levo nos treinos, para ela saber tudo. Mas, assim, são duas prioridades na minha vida, que eu tenho que saber administrar bem”, fala Dani Lins.
“Foi ótimo. Pra mim, principalmente, porque eu estava voltando. Agora, que eu estou podendo treinar direto, ganhando ritmo de jogo, ritmo de treino, eu acho que a tendência é melhorar mais ainda, mas eu fiquei muito feliz de estar junto. Só de estar lá eu já estava muito contente”, reforça Thaísa.
Questinada sobre aprendizados, a meio-de-rede fala sobre a bagagem desse último período: “A gente sempre tira. Eu acho que… Eu já tenho 31 anos, já joguei deste os 15 anos a Superliga, 12 anos de Seleção. Eu acho que, na verdade, ali eu estava retomando, porque todo mundo sabe que eu fiquei um ano e sei lá quantos meses sem jogar de verdade em alto nível e eu estava muito mais feliz pensando ‘estou feliz para caramba de estar aqui, tô curtindo pra caramba’, o que vier veio, se der pra ajudar ajuda, se não der eu estou aqui batendo palma. Então tudo a gente suga o melhor e, assim, pelo menos eu, tentei sugar o melhor possível daquela experiência e eu trouxe só coisa boa na minha bagagem.”, Thaisa