Barcos partem de Auckland, na Nova Zelândia, na noite deste sábado (17), já domingo (18) na Oceania. Percurso da Volvo Ocean Race de 7.600 milhas náutica será o mais difícil enfrentado pelos competidores da Volta ao Mundo.
As sete equipes que disputam a Volvo Ocean Race estão preparadas para o maior desafio na regata de Volta ao Mundo até agora. A etapa sete entre Auckland, na Nova Zelândia, e Itajaí (SC), no Brasil, é apontada como a mais complicada de todas. Os barcos terão pela frente 7.600 milhas náuticas – 14 mil quilômetros pelos mares do sul, famosos por fortes ventos, ondas gigantes e o frio na maior parte do percurso.
A largada será na tarde de domingo (18) na Oceania, noite de sábado (17), no Brasil. A bordo do team AkzoNobel, a campeã olímpica Martine Grael representa os brasileiros nesse desafio, repetindo o feito de seu pai, o também multicampeão Torben Grael.
“Essa é uma das pernas mais icônicas, os ventos e as ondas não param nunca. Para mim, a maior dificuldade será o frio, pois como brasileira não sou muito acostumada com temperaturas baixas, então vou ter que fazer o meu melhor e saber escolher as roupas certas!”, disse Martine Grael. Sua equipe venceu a última etapa e está motivada para sair do quarto lugar no geral.
A regata vale pontuação dobrada por passar pelos mares do sul. O barco que contornar o Cabo Horn em primeiro ganhará um ponto extra. Esse ponto é chamado de Santo Graal da vela oceânica. A perna passa pelo chamado “Furious Fifties”, as inóspitas e distantes águas a sul de 50 graus de latitude que circundam a Antártica.
“Contornar o Cape Horn dá uma grande motivação psicológica, pois os mares do sul ficam distantes e a cada milha acima o calor aumenta”, disse Bouwe Bekking, velejador holandês com oito participações na Volvo Ocean Race. O atleta comanda o Team Brunel.
A regata clássica será decisiva para o campeonato, que tem o espanhol MAPFRE liderando a classificação geral após seis etapas. Dongfeng Race Team e Scallywag apertam atrás.
“Sinto que eles [adversários] estão cada vez mais próximos, mas só podemos fazer uma coisa – empurrar o barco, navegar bem e tentar ganhar essa etapa”, disse o skipper do MAPFRE, Xabi Fernández, mais um campeão olímpico correndo o evento.
O vencedor da etapa até Itajaí em 2015 foi o Abu Dhabi, que se tornou campeão ao final da competição.