Bicampeão olímpico, Robert Scheidt terminou a primeira regata da competição em sétimo lugar entre 80 barcos e está animado com a expectativa do aumento de ventos a partir desta quarta-feira (7).
A temporada 2018 já começou para Robert Scheidt. O bicampeão olímpico disputa a Classe Star na Bacardi Cup, em Miami, nos Estados Unidos. Velejando com o proeiro Brian Fatih, o brasileiro terminou a primeira regata da competição na sétima posição nesta segunda-feira (5). Nesta terça-feira (6), a dupla volta para o mar disposta a se manter entre os primeiros colocados na disputa de alto nível e que conta com vários campeões mundiais e medalhistas em Olimpíadas.
“Tivemos vento fraco nesse primeiro dia e esperamos muito para começar a prova. Não tive uma boa largada e tive muitos problemas no início, mas consegui recuperar bastante e chegar em sétimo lugar. Desta forma, fazer uma regata de top 10 em condições assim é um bom começo. Isso porque, em condições como essa, em uma flotilha de alto nível, com 80 barcos, é fácil escorregar e chegar lá atrás. O fato de termos nos recuperado mostra que estamos com boa velocidade e podemos velejar bem nessa competição. Para amanhã (quarta-feira, 7), a previsão é para aumento de vento”, explica o maior medalhista do Brasil, com cinco pódios, e que tem patrocínio do Banco do Brasil, Rolex e apoio do COB e CBVela.
A vitória na primeira regata da Bacardi Cup foi do norte-americano Augie Diaz e do proeiro brasileiro Bruno Prada, que lideram com 1 ponto perdido. Scheidt e Fatih estão em sétimo, com 7 pontos perdidos. O Brasil tem mais barcos na disputa em Miami: Alessandro Pascolato / Henry Boening (15º lugar na regata inicial), Admar Gonzaga Neto / Alexandre Figueiredo de Freitas (25º), Lars Grael / Samuel Gonçalves (37º), Marcelo Fuchs / Ubiratan Matos (73º).
Temporada 2018 – Scheidt vai se dividir entre um amor antigo e uma nova paixão em 2018. O bicampeão olímpico traçou os objetivos para a nova temporada ancorado em dois pilares, a Classe Star e a Vela Oceânica. Fora do ciclo para os Jogos do Japão, em 2020, o velejador de 44 anos se mostra animado com o desafio de se manter competitivo em duas categorias diferentes do iatismo.
“A temporada 2018 vai ser bem interessante, pois vou mesclar competições na Star, uma de minhas maiores paixões, com a novidade que será a campanha no TP 52, uma das grandes competições de Vela Oceânica do mundo”, revela Scheidt. O novo projeto ratifica suas palavras do velejador ao anunciar, no fim de 2017, a desistência de lutar por uma vaga nos Jogos do Japão, quando garantiu que não se aposentadoria.
Scheidt vai integrar a equipe Phoenix na TP 52 e está animado. “É um projeto brasileiro, com tripulação quase integralmente nacional, boa parte composta por velejadores olímpicos. Serei o tático do barco e estou bem empolgado. É uma oportunidade legal de voltar a competir na classe oceânica em alto nível, retornar para esse mundo de barcos grandes em um dos melhores circuitos do mundo”, revela. Em 2001, como timoneiro do barco ESPN Brasil, ele ganhou o Campeonato Brasileiro, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. Em 2009 e 2010, integrou a tripulação do italiano Luna Rossa na TP 52.
A primeira disputa na TP 52 será em maio, em uma regata preparatória em Palma de Mallorca, na Espanha. Depois, serão cinco etapas da 52 Super Series 2018: Sibenik 52 Super Series Sailing Week – 22 a 27 de maio – Sibenik, Croácia; 52 Super Series Zadar Royal Cup –19 a 24 de junho – Zadar, Croácia; Rolex TP52 World Championship Cascais 2018 – 16 a 21 de julho- Cascais, Portugal; Puerto Portals 52 Super Series Sailing Week –2 0 a 25 de agosto – Mallorca, Espanha; 52 Super Series Valencia Sailing Week – 17-22 de setembro – Valencia, Espanha.
Na Star, o grande objetivo de Scheidt é a SSL Finals, em dezembro, nas Bahamas, competição a qual conquistou a medalha de prata em 2017, ao lado do proeiro Henry Boenning, o Maguila. Antes, vai disputar o Campeonato Paulista, em Guarapiranga, na Páscoa. “No segundo semestre, vou encaixar o Campeonato Sul-Americano, no Rio de janeiro, em novembro. Mas pode ser que eu ainda entre em mais competições. Tudo vai depender da agenda”, conta Robert.