Vela nos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023
O Brasil é a grande força da história da vela nos Jogos Pan-Americanos. Ao todo, o país conquistou 85 medalhas. Foram 39 de ouro, 27 de prata e 19 de bronze desde que a modalidade entrou no programa em Buenos Aires-1951. Os Estados Unidos aparecem logo a seguir com 35 vitórias, 31 vice-campeonatos, 23 terceiros lugares e um total de 88 pódios.
+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, TWITTER, INSTAGRAM, TIKTOK E FACEBOOK
Na história do Brasil em Jogos Pan-Americanos, a vela é a quarta modalidade que mais medalhas conquistou, perdendo apenas para natação, atletismo e judô. Cláudio Biekark é o recordista de pódios no esporte com dez medalhas ao todo: uma de ouro, cinco de prata e quatro de bronze. A última delas foi em Lima aos 68 anos de idade, e a primeira foi na Cidade do México em 1975, quando ele tinha 24.
Nos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019, o Brasil mostrou sua força ao liderar o quadro de medalhas da vela. Foram cinco ouros, duas pratas e dois bronzes. As vitórias brasileiras aconteceram com Martine Grael/Kahena Kunze na 49er FX, Marco Grael/Gabriel Borges na 49er, Patrícia Freitas, na RS:X, Matheus Dellagnelo na sunfish e Bruno Lobo na Fórmula Kite.
Atuais bicampeãs olímpicas, Martine Grael e Kahena Kunze vão tentar conquistar em Santiago-2023 a terceira medalha delas em Jogos Pan-Americanos. Em Toronto-2015, elas foram prata, enquanto em Lima-2019, elas conquistaram o ouro.
Quem também tenta o bicampeonato é Bruno Lobo, campeão da Fórmula Kite, que estreou em Lima-2019. A classe estará em ação pela primeira vez em Jogos Olímpicos em Paris-2024 e o brasileiro já está classificado.
Vela distribui 22 vagas para os Jogos Olímpicos de Paris-2024
Além de Bruno Lobo, Mateus Isaac, da classe iQFoil, é o outro brasileiro já classificado para os Jogos Olímpicos de Paris-2024. Para todos os outros, no entanto, os Jogos Pan-Americanos é uma grande oportundidade para carimbar o passaporte para estar na França no ano que vem. O evento é classificatório para nove das dez classes olímpicas da vela
O melhor barco das Américas Central e do Sul e mais o melhor barco das Américas do Norte e do Caribe se classificam em cada classe. As exceções são a ILCA 6 e a ILCA 7, que classificam quatro barcos, dois por região.
O sistema de qualificação de vela é hierárquico, portanto os países que se classificaram através do Mundial de 2023, em Haia, não podem obter uma outra vaga. Ou seja, o Brasil não briga por vaga na Fórmula Kite e na iQFoil no masculino.
Além disso, na ILCA, se um dos países que obtiver vaga em Santiago-2023 também terminar em posição de vaga para a Copa do Mundo 2024, a vaga obtida nos Jogos Pan-Americanos irá para o próximo comitê olímpico com melhor classificação em Santiago 2023.
Confira as classes e os velejadores brasileiros nos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023
Classes | Velejadores |
49er | Marco Grael/Gabriel Simões |
49er FX | Martine Grael/Kahena Kunze |
Fórmula Kite feminina | Maria do Socorro Reis |
Fórmula Kite masculina | Bruno Lobo |
ILCA 7 | Bruno Fontes |
iQFoil feminino | Bruna Martinelli |
iQFoil masculino | Mateus Isaac |
Lightning | Thomas Summer/Ana Barbachan/Larissa Juk |
Nacra 17 | Samuel Albrecht/Gabriela Nicolino |
Snipe | Eduarda Santos Lisboa/Rafael Martins |
Quadro de medalhas da vela nos Jogos Pan-Americanos
# | País | Total | |||
---|---|---|---|---|---|
1 | Brasil | 39 | 27 | 19 | 85 |
2 | Estados Unidos | 35 | 31 | 23 | 88 |
3 | Argentina | 15 | 15 | 25 | 56 |
4 | Canadá | 11 | 19 | 20 | 50 |
5 | Cuba | 4 | 3 | 1 | 8 |
6 | Porto Rico | 4 | 0 | 3 | 7 |
Guatemala | 4 | 0 | 3 | 7 | |
8 | Chile | 3 | 3 | 7 | 13 |
9 | México | 2 | 8 | 6 | 16 |
10 | Venezuela | 2 | 1 | 0 | 3 |
11 | Bahamas | 2 | 0 | 0 | 2 |
12 | Equador | 1 | 1 | 0 | 3 |
13 | Uruguai | 0 | 5 | 5 | 10 |
14 | Bermudas | 0 | 3 | 2 | 5 |
15 | Ilhas Virgens | 0 | 2 | 0 | 2 |
16 | Peru | 0 | 1 | 2 | 3 |
17 | Colômbia | 0 | 1 | 0 | 1 |
18 | Federação das Índias Ocidentais | 0 | 0 | 1 | 1 |
República Dominicana | 0 | 0 | 1 | 1 | |
Aruba | 0 | 0 | 1 | 1 | |
Total | 122 | 120 | 119 | 361 |
HISTÓRIA DA VELA
O esporte tornou-se popular nos Estados Unidos e, em 1851, o New York Yacht Club construiu o navio America para competir na Copa das Cem Guinés contra navios britânicos.
Posteriormente, o evento passou a se chamar Copa América e se tornou um dos eventos competitivos mais importantes do esporte.
Em 1900, a vela estreou nos Jogos Olímpicos de Paris e, desde então, disputou todas as edições, exceto as realizadas em San Luis 1904. Nas competições, os tipos de barcos têm variado, tendo em conta as novas tecnologias para os tornar cada vez mais rápidos.