Team AkzoNobel, de Martine Grael, ficou em 7º e último lugar da perna entre a Cidade do Cabo, na África do Sul, e Melbourne, na Austrália, na Volvo Ocean Race. Problemas no barco impediram um melhor resultado na regata.
O team AkzoNobel, barco holandês que tem a brasileira Martine Grael entre os tripulantes, concluiu a terceira etapa da Volvo Ocean Race na noite desta quarta-feira (27), manhã do dia seguinte em Melbourne, na Austrália. A equipe da campeã olímpica ficou na sétima e última posição da perna após fazer o percurso de 6.500 milhas náuticas em 17 dias, 11 horas e 24 minutos.
O resultado não foi o esperado pela tripulação, que teve problemas durante a primeira semana da regata entre a Cidade do Cabo, na África do Sul, e a australiana Melbourne. A quebra da trilha do mastro e de uma vela importante para ventos fortes tirou a chance do barco brigar pelas primeiras posições. A etapa foi vencida pelo barco espanhol MAPFRE, com mais de três dias de vantagem para o AkzoNobel.
”Apesar do mau resultado, eu me sinto feliz por passar por uma perna do oceano do sul. Chegou todo mundo inteiro e o barco ainda está com mastro. Ainda assim não foi tão mal”, disse a brasileira Martine Grael.
O problema no team AkzoNobel ocorreu na quinta-feira (14) quando o barco ocupava a quarta colocação da etapa, umas das mais complicadas por causa dos fortes ventos, frio e ondas grandes. Para piorar ainda a situação, a chegada à baía Port Phillip de Melbourne foi bastante complicada pela falta de ventos.
”Os últimos dias antes da chegada foram bem longos e hoje especificamente demorou muitíssimo para chegar. Fizemos muitas manobras na baía de Melbourne”, contou a campeã olímpica Martine Grael.
“Felizmente, o resto do barco está em boa forma”, disse o comandante Simeon Tienpont. “O equipamento está nas mãos da equipe do estaleiro. Temos pequenos ajustes e vamos descansar bem. No caminho percebemos que não iríamos mais recuperar posições e fizemos rodízios para descansar a equipe”.
O experiente velejador australiano Chris Nicolson tentou tirar proveito do resultado ruim, que coloca o team AkzoNobel em penúltimo lugar na classificação geral. “Essa etapa ensina que o menor erro pode se transformar numa bola de neve. Vamos aprender com isso para o futuro próximo”.
Agora, o AkzoNobel precisa correr contra o tempo para arrumar as peças quebradas durante a etapa e se preparar para a próxima perna. Sem contar o tempo menor para descanso da tripulação, exausta por causa da dificuldade da travessia pelos mares do sul. A quarta etapa tem largada marcada para 2 de janeiro, próxima terça-feira, e será de 6 mil quilômetros até Hong Kong.
Resultado da terceira etapa da Volvo Ocean Race
1º. MAPFRE – 14 dias, 4 horas e 7 minutos
2º. Dongfeng Race Team – 14 dias, 8 horas e 10 minutos
3º. Vestas 11th Hour Racing – 14 dias, 9 horas e 52 minutos
4º. Team Brunel – 14 dias, 11 horas e 36 minutos
5º. Sun Hung Kai / Scallywag – 15 dias, 13 horas e 6 minutos
6º. Turn the Tide on Plastic – 15 dias, 15 horas e 52 minutos
7º. team AkzoNobel – 17 dias, 11 horas e 24 minutos