A Seleção Brasileira de Vela realizará um período de treinamentos em Grandson, na Suíça, entre os dias 7 e 14 de agosto visando a SSL Gold Cup, a chamada Copa do Mundo da modalidade. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (10) pelo bicampeão olímpico Robert Scheidt, comandante do barco.
Os treinos têm o objetivo de entrosar a tripulação, que conta com outros campeões olímpicos e mundiais como Martine Grael, Kahena Kunze e Gabriel Borges. Será a segunda vez que a seleção brasileira se reunirá para a SSL Gold Cup. Em 2021, a equipe ficou com a medalha de prata no evento-teste.
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A competição
A Copa do Mundo de Vela, marcada oficialmente para novembro de 2022, oferece às nações barcos rigorosamente iguais e os resultados das disputas são fruto da habilidade dos velejadores e entrosamento a bordo. Por isso, Robert Scheidt destaca a importância de mais esse treinamento na Suíça.
“Quanto mais tempo velejando juntos nesse barco, melhor integraremos o grupo, melhorando as manobras, a comunicação, o processo decisório e a equipe como um todo. Os treinos em agosto serão bem importantes. A equipe está praticamente definida e não pretendemos mexer muito no time”.
”É claro que, devido às campanhas olímpicas e outros projetos, podem acontecer ausências no treino na Suíça, mas a meta é manter os nomes do ano passado as Finais. Quanto mais cada um fizer em sua função, melhor para a engrenagem do time como um todo”, disse Robert Scheidt.
No primeiro evento-teste, o Brasil perdeu apenas uma regata, justamente na final para a Croácia. O veleiro contou com mais oito nomes de peso da modalidade, incluindo Martine Grael, Kahena Kunze, Henrique Haddad (coach), Gabriel Borges, Henry Boening, Juninho de Jesus, Joca Signorini, Alfredo Rovere e André Fonseca.
“Sabemos que os treinos terão a presença da Austrália, que é um time forte, e isso vai ser muito importante para a gente. Em agosto, fará praticamente um ano desde que subimos no barco pela primeira e única vez. Será fundamental para nos ambientarmos novamente e, com isso, chegarmos mais preparados à competição em novembro. Está todo mundo super animado para se reunir”, disse o velejador olímpico e campeão mundial Gabriel Borges.
Brasil com vaga no mata-mata
A SSL Gold Cup reunirá ao todo 56 nações entre os membros da World Sailing, para coroar, a cada dois anos, a melhor nação da vela. Como na Copa do Mundo de futebol, as primeiras rodadas de qualificação selecionam os times que avançam para as fases eliminatórias.
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Todas as regatas terão flotilhas de quatro barcos RC47 até as quartas-de-final. As equipes serão colocadas em chaves, com os oito primeiros colocados garantidos nas finais. O Brasil já está nos duelos das quartas contra Polônia, Israel ou Hungria. Mais equipes virão das eliminatórias que serão realizadas no meio do ano.
“A Polônia é uma equipe bem forte e vem treinando bastante nesse tipo de barco nos últimos dois anos. Depois, devemos ter Israel ou Hungria, que virão bem preparados. Não teremos moleza. Serão adversários fortes. Mas nosso time se integrou muito bem nos treinamentos do ano passado e temos todas as condições de avançar para as próximas rodadas”, explicou Robert Scheidt.
Duas flotilhas de quatro barcos competem nas quartas-de-final para selecionar as quatro equipes que participam da única regata da Grande Final. O vencedor desta será coroado o campeão do mundo.
“A equipe está animada para o projeto. Caímos em uma chave com a Polônia, que é bem forte. Temos de ver quem virá do qualificatório, mas o importante nesse momento é o espírito do grupo em torno do mesmo objetivo”, disse Bruno Prada, gerente do SSL Team Brasil.
Os velejadores devem ser os mesmos que participaram no segundo semestre de 2021 do evento-teste na Suíça. Robert Scheidt fará mudanças pontuais se necessário em função de calendário de competições e treinamentos da tripulação.
Sobre a SSL Gold Cup
A SSL Gold Cup será o campeonato ‘final’ do circuito com 56 nações entre os membros da World Sailing, para coroar a melhor nação da vela a cada dois anos. Em um esporte mecânico onde a corrida pela tecnologia às vezes atrapalha a corrida pela glória, a SSL visa a competição igualitária, em que o talento dos velejadores está na vanguarda e os campeões se tornam heróis que inspiram novas gerações. A SSL é um Evento Especial da World Sailing desde 2017.