Melhor momento da carreira aos 39 anos. Samuel Albrecht está garantido nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, na classe Nacra 17 ao lado de Gabriela Nicolino, e quer realizar um de seus sonhos no Japão. “Sonho com a medalha olímpica”.
O velejador, que esteve na Olimpíada de Pequim, em 2008, e na do Rio de Janeiro, em 2016, se vê em um novo estágio da carreira. Apesar de ter pouco tempo com a parceira, a dupla foi montada já dentro do ciclo, Samuel Albrecht se vê como nunca esteve.
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“Eu chego na minha melhor fase. O ciclo da Rio-2016 me trouxe muito aprendizado na parte técnica. A Olimpíada de 2008 me deixou com um gosto de quero mais e a última me deixou com a certeza de que a minha história olímpica não acabou. Sonho em conquistar uma medalha olímpica”.
Preparação um pouco diferente
Além da questão do coronavírus, que mudou o cenário esportivo mundial e adiou os Jogos Olímpicos de Tóquio, Samuel Albrecht e Gabriela Nicolino enfrentaram uma outra questão. Samuca mora no Rio Grande do Sul e sua parceira é carioca e, por conta da distância, os treinamentos tiveram que ser pensados de uma maneira diferente.
“Desde que comecei a treinar com a Gabi, nós preferimos fazer períodos mais curtos de treinos. Moramos em cidades diferentes e então para facilitar as coisas, optamos por isso. Muitas vezes são temporadas de treinamentos 10, 12, 15 dias, mas é com uma imersão total nossa, focada no treinamento”.
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Para que nenhum dos dois seja prejudicado, a saída foi organizar períodos em Porto Alegre e no Rio de Janeiro, com cada um da dupla viajando para os treinamentos em uma temporada. Por conta dessa escolha, Samuel Albrecht e Gabriela Nicolino sabem que as demais duplas do circuito tem um vantagem perante os brasileiros.
“Nossos treinamentos e competições são pensados visando a questão familiar também. Existem duplas que têm muito mais horas de águas que nós, isso nos deixa incomodados em alguns momentos, mas nós sabemos que temos nossa receita própria”.
Família Albrecht Nicolino
É comum ouvir dos atletas que a convivência com o treinador e o companheiro de treinos e competições faz com que o núcleo esportivo se torne uma família. Entretanto o caso de Samuel Albrecht e Gabriela Nicolino é um pouco diferente.
No começo de 2020, Samuca foi pai pela segunda vez. Com o coronavírus, o velejador esteve mais presente no dia a dia das filhas e passou a ver a situação de uma forma um pouco diferente. ““Para mim foi bem tranquilo. Estou em um momento pessoal diferente, com o nascimento da minha filha. Então a questão do adiamento foi tranquila, encarei com bons olhos. Consegui ficar mais com ela, com a minha filha mais velha também”.
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No ciclo para os Jogos Olímpicos de 2016, Samuel foi pai pela primeira vez. Com duas filhas em casa, a logística para os treinamentos e competições fica um pouco mais restrita. Neste ponto, o velejador não deixa de agradecer o técnico e Gabriela Nicolino.
“As duas famílias estão presente sempre que podem e ajudam em tudo que dá. O nosso técnico monta tudo levando em consideração a família dos dois e a Gabi e o marido dela também ajudam. Teve situações que o esposo dela pegou a minha filha para brincar para que eu pudesse treinar. Isso vai somando e vai ajudando no fortalecer no time”.
Assista a live de Samuel Albrecht com o OTD!