Zarif foi pego no doping em agosto do ano passado (Jesus Renedo/ Sailing Energy)
Nesta quarta-feira (17), o velejador Jorge Zarif quebrou o silêncio e se pronunciou sobre a punição por doping pela primeira vez. Nas redes sociais, ele confirmou a suspensão por 12 meses e a data do fim da pena: 14 de agosto. Além disso, o atleta afirmou que resolveu, junto com seu advogado Bichara Neto, que não irá recorrer da decisão na instância máxima do esporte, a Corte Arbitral do Esporte (CAS).
“Sem dúvida nenhuma, tem sido os 12 piores meses que passei na vida. Tempos de muita incerteza e angústia, esperando respostas que não vinham”, disse Zarif, de 27 anos.
“A possibilidade de perder os jogos e manchar uma carreira até então ilibada, martelou muito minha cabeça desde setembro, data da primeira notificação”, continuou.
O adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio acabou beneficiando Zarif, uma vez que se tivessem acontecido em julho deste ano, ele não teria participado pela punição.
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Entenda o caso
Zarif foi flagrado no exame anti doping no evento-teste dos Jogos, em Enoshima, no Japão em 15 de agosto de 2019 por conta da presença da substância tamoxifeno. Em janeiro, ele reconheceu o uso, aceitando a suspensão preventiva dada pela ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem).
O velejador explicou que fez uso da substância por 20 dias por recomendação médica para o tratamento de ginecomastia bilateral, doença que causa o aumento das mamas.
Em março, após julgamento em primeira instância, o TJD havia dado ao velejador uma punição retroativa de seis meses. No entanto, Jorge Zarif não chegou a competir, devido à pandemia do novo coronavírus. No início de junho, a pena aumentou para um ano e agora fechou em 12 meses.