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Tóquio 2020

Fernanda Oliveira vê chances reais de medalha em Tóquio

Medalhista de bronze em Pequim-2008, a atleta da classe 470 disputará no Japão a sua sexta Olimpíada consecutiva

Fernanda Oliveira Medalha Tóquio
Fernanda Oliveira disputará no Japão a sua sexta Olimpíada consecutiva (Reprodução/Instagram)

Fernanda Oliveira e sua parceira Ana Barbachan garantiram vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio pela classe 470F no Campeonato Mundial da categoria em 2019, que foi disputado em Enoshima, no Japão, mesmo local que as regatas olímpicas serão realizadas. Aos 39 anos, Fernanda se prepara para sua sexta Olimpíada consecutiva, sendo a terceira formando dupla com Ana, e a expectativa é de conquistar uma medalha.

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“O Japão está bem preparado para o evento e a nossa expectativa é muito boa. Estivemos lá no ano passado e obtivemos bons resultados. Acredito que temos totais condições e chances reais de brigar por uma medalha. Na nossa classe os três países com duplas bem fortes são Grã-Bretanha, França e Japão. Certamente esses são os adversários que estarão brigando forte”, afirmou Fernanda, em live realizada no instagram do Time Brasil, do COB (Comitê Olímpico do Brasil).

Em 2019, Fernanda Oliveira e Ana Barbachan terminaram o evento teste na quinta colocação. Elas estavam treinando na Espanha, em março, local que seria realizado o Mundial. Porém, o evento foi cancelado por conta da pandemia de coronavírus.

“Nós fomos pegas de surpresa. Estávamos na Espanha e retornamos de lá sem competir. Assim como todo mundo, estamos tentando nos cuidar e organizar para que possamos nos manter ativas e retomar nossa preparação assim que for possível”, disse.     

Adaptação e planejamento

Fernanda Oliveira Medalha Tóquio
Ana e Fernanda nos Jogos Olímpicos de Londres-2012 (Daniel Ramalho/COB)

Fernanda Oliveira contou na live que um dos fatores mais importantes para conquistar bons resultados na vela é a adaptação ao local da competição, levando em consideração que o esporte é ao ar livre e o vento interfere na disputa. Por ser no Japão, aspectos como cultura, alimentação e fuso horário precisam ser levados em consideração no planejamento.

“No ano passado, já conhecemos o local onde serão disputadas as regatas da Olimpíada. Estivemos lá por cerca de 30 a 40 dias e exatamente em julho e agosto, período dos Jogos. A ideia é se organizar e entender como cada uma funciona melhor em relação à adaptação ao fuso horário e outras coisas importantes para que possamos somar ao desempenho para quando formos participar dos Jogos no próximo ano”, destacou Fernanda.

Experiente, ela diz que está tranquila com a mudança do evento para 2021 e acredita ser uma chance de fazer ajustes no planejamento. “O adiamento nos oferece uma oportunidade para acertar e tentar rever o planejamento que foi feito até agora. Ganhamos tempo para sentar e ver o que funcionou, e que estava no caminho certo, ou mexer e melhorar. Temos que usar esse tempo ao nosso favor”, explicou a velejadora.

Parceria para conciliar vida pessoal e profissional

Casada com Diogo e com os filhos Roberta e Arthur, Fernanda conta com a parceira Ana para conciliar vida pessoal e profissional.

“É Importante ter esse equilíbrio para que não fique a sensação de não estar se atendendo. Quando estamos em casa geralmente preservamos os finais de semana para família. Normalmente tem sido bom, principalmente porque já tenho com a Ana uma parceria longa. Já estamos juntas há muito tempo e ela está sempre ao meu lado”, concluiu Fernanda.  

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Fernanda Oliveira e Ana Barbachan disputaram em dupla os Jogos Olímpicos de Londres-2012 e Rio-2016 e estão se preparando para Tóquio. Antes disso, Fernanda formou parceria com Maria Krahe, em Sydney-2000, Adriana Kostiw, em Atenas-2004, e, por último, Isabel Swan, em Pequim-2008, edição em que conquistou a medalha de bronze.

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