Robert Scheidt teve uma estreia discreta no Campeonato Mundial da classe Laser 2020 nesta terça-feira (11), em Melbourne, na Austrália. O bicampeão olímpico fechou as duas regatas em 16º e 11º lugar, com um total de 27 pontos, e terminou o dia na 40º colocação. Outro brasileiro na disputa, Gustavo Nascimento ficou em 96º. O dia foi marcado por ventos fracos, principalmente na primeira regata.
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O primeiro dia começou devagar em Melbourne e o comitê de regata manteve os velejadores em terra à espera do vento. Ele entrou por volta das 15h30hs do horário local (2:30hs frente do horário de Brasília), com velocidade variando de 8 a 10 nós, e a organização liberou o início da competição dos três grupos – amarelo azul e vermelho .
Robert Scheidt competiu no grupo vermelho junto com outros 41 velejadores, incluindo Gustavo Nascimento. Terminou na 16ª colocação, 13 posições a frente de Gustavo. O vencedor da primeira regata do grupo vermelho foi o francês Jean Baptiste Bernard.
A segunda e última regata do dia começou sob condições melhores. Os ventos atingiam quase 15 nós por volta das 17h30 do horário local. Scheidtm especialista em ventos fortes, se aproveitou e melhorou cinco posições em relação à regata anterior, terminando em 11º. Gustavo terminou em 34º. O alemão Philipp Buhl foi o vencedor.
A boa notícia para Scheidt é que as rajadas devem aumentar e chegar a até 25 nós (mais de 45/km). “O objetivo é seguir evoluindo ao longo da competição e conquistar uma vaga na fase semifinal, a partir de sexta-feira (14). Vamos esperar que o vento entre forte,” declarou o velejador.
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Para os dois brasileiros, o Mundial da classe Laser vale também na corrida olímpica. Aos 46 anos e o dono de 14 troféus de campeão do mundo, sendo 11 na Laser e três na Star, Robert Scheidt começou o campeonato com a vaga na mão, conquistada no Mundial do ano passado. Ele só perde se Gustavo Nascimento subir ao pódio agora em Melbourne.
Na volta à vela olímpica, Scheidt disputou outras três grandes competições. A última foi o Ready Steady Tokyo, no final de agosto de 2019, em Enoshima, quando terminou em 10° lugar, chegando à medal race pela primeira vez desde que decidiu interromper a aposentadoria da classe Laser. Ele chegou próximo da regata da medalha no Troféu Princesa Sofia e na Semana de Vela de Hyères.
Australiano lidera
O líder após duas regatas é o australiano Finn Alexander, com 3 pontos perdidos. O segundo colocado é o medalhista de prata na Laser nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016, o croata Tonci Stipanovic, com a mesma pontuação perdida do australiano. O alemão Philipp Buhl é o terceiro, com 5 pontos perdidos.
“A disputa aqui na Austrália é intensa, pois temos perto de 130 velejadores de elite na água. Estamos divididos em três flotilhas e largar bem será fundamental para buscar boas colocações nas quatro regatas restantes, nesta quarta e quinta, para construir uma boa média e avançar para a fase final. Importante também evitar grandes erros para me manter entre os barcos com chance de ir até o final na luta pelo pódio”, disse Scheidt.
Os dois velejadores brasileiros voltam a atuar nesta quarta-feira (12), por volta das 1h da madrugada pelo horário de Brasília.