Robert Scheidt já está em Melbourne, Austrália, treinando para o Mundial de Laser que acontece na cidade a partir da próxima terça-feira (11). O bicampeão olímpico entra na disputa como mais uma etapa de preparação para os Jogos Olímpicos de Tóquio.
“Esse campeonato será muito importante, pois os melhores do planeta estarão na água. Sigo trabalhando em busca da melhor velejada para lutar pelo pódio no Japão”, afirma o velejador.
Antes da primeira competição de 2020, Scheidt analisou a temporada em que garantiu vaga para disputar a sétima Olimpíada, recorde entre os atletas brasileiros.
“O ano de 2019 marcou meu retorno à classe Laser após quase três anos ausente, desde os Jogos do Rio/2016. Foi um período de readaptação para as novas técnicas, nova geração e nova mastreação. Agora, mastro e vela são diferentes. Cumpri o objetivo principal que foi fazer o índice para Tóquio, mas é o momento de buscar evolução. Vou trabalhar para velejar entre os tops, melhorando meu nível”, explicou.
+ VEJA NOSSO CANAL NO YOUTUBE
Aos 46 anos, Scheidt sabe que precisa equilibrar a carga de trabalho em um barco como o Laser, que exige muito da parte física. “Meu treino é planejado para elevar o nível da velejada ao mesmo tempo que administro a carga de exercícios com o tempo de descanso para recuperação. Preciso ajustar o volume para evitar lesões que me farão perder tempo na água até os Jogos e aprender a superar as dificuldades em competir com mais idade contra atletas que são, em média, 20 anos mais jovens”.
É na Austrália que o velejador pode carimbar o passaporte olímpico, já que ainda precisa esperar a convocação final para a delegação brasileira. De acordo com os critérios da Confederação Brasileira de Vela (CBVela), ele só perde a vaga para os Jogos se outro atleta do Brasil subir ao pódio do Mundial. Mas, além de Scheidt, o Brasil terá apenas mais um representante em Melbourne, o velejador Gustavo Nascimento, de 24 anos.
