Um dos principais velejadores do Brasil corre um enorme risco de ficar de fora de Tóquio 2020. Jorge Zarif, da classe Finn, foi pego com a substância tamoxifeno, durante o evento teste da vela em Enoshima, no Japão, em agosto de 2019.
Campeão do mundo em 2013, Zarif participou das duas últimas olimpíadas e era um dos nomes que já estavam quase certo para Tóquio 2020. A vaga na Finn é brasileira, mas o velejador é o principal nome da classe olímpica.
Comunicado Jorge Zarif
Jorge Zarif informa que nesta data aceitou ser suspenso preventivamente pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem – ABCD, em decorrência de um resultado analítico adverso para a substância tamoxifeno.
O atleta esclarece que em junho de 2019 submeteu-se a um tratamento indicado por seu mastologista, contendo a substância Tamoxifeno, para combater sintomas de ginecomastia bilateral que lhe causavam dores e debilitavam seus movimentos. Explica que se preparava para campeonatos importantes e o medicamento era a alternativa de tratamento para uma cirurgia que o afastaria das competições em torno de 45 dias.
Zarif testou positivo para a substância em um evento-teste na raia de Enoshima, no Japão, um mês e meio após o término de seu tratamento.
Jorge Zarif está de posse de todos os documentos e históricos médicos que comprovam o quadro de ginecomastia bilateral, incluindo fotos, exames e recomendações de cirurgia por mais de um profissional da área médica.
Depoimento:
“Gostaria de esclarecer o ocorrido no Japão, e ressaltar que jamais fiz uso de uma substância proibida para obter qualquer vantagem indevida. Fiz uso do Tamoxifeno para tratar de uma condição médica que estava me deixando com dor e com os movimentos limitados.
Segundo os médicos e especialistas, o uso do Tamoxifeno não me renderia vantagem na prática do meu esporte ou em treinos regulares, até porque apenas utilizei o medicamento por 20 dias no mês de junho, bem antes da competição realizada em agosto no Japão. Estou aberto a todos os esclarecimentos e de posse de todos os documentos para provar que não agi de má fé ao fazer o uso do medicamento.
Ressalto que optei pelo uso do tamoxifeno porque a outra opção seria a cirurgia, que me obrigaria a ficar quase dois meses afastado, sem poder mexer meus braços, perto de duas competições importantes.
Sempre estive à disposição das autoridades antidopagem. Meu histórico esportivo, desde os 15 anos de idade servindo à Equipe Brasileira de Vela, demonstra isso. Por isso, de boa-fé, decidi pedir a suspensão esportiva para aguardar a decisão do caso, que já está sendo conduzido por meus advogados.”
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