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Vela

Martine Grael e Kahena Kunze seguem na cola das britânicas

Brasileiras campeãs olímpicas estão em segundo lugar na classe 49er FX no evento teste para Tóquio 2020. Scheidt foi punido, mas ganhou uma posição

Martine e Kahena conquistam ouro; Jorge Zarif segue na disputa
Jesus Renedo/Sailing Energy/World Sailing/arquivo

Martine Grael e Kahena Kunze permanecem com as britânicas Charlotte Dobson e Saskia Tidey na alça de mira no evento teste da vela para Tóquio 2020. As brasileiras, campeãs olímpicas, estão em segundo lugar na classe 49er FX com  29 pontos perdidos. As líderes têm 19 após nove das doze regatas previstas.

Nesta segunda (19) foram três regatas e Martine Grael e Kahena Kunze, dupla porta bandeira do Brasil na cerimônia de abertura do Pan, fizeram dois segundos e um oitavo lugares. Dobson e Tidey fizeram um quinto na primeira regata do dia, descartaram um 12º na segunda e venceram a terceira. As neozelandesas Alexandra Maloney e Molly Meech seguem em terceiro, bem próximas das brasileiras, com 34 pontos perdidos.

Scheidt punido

Robert Scheidt ganhou uma posição na classe Laser. Começou a primeira regata do dia, a quarta da competição, em 11º com 14 pontos perdidos e após as três regatas desta segunda passou a somar 57 pontos perdidos em 10º. Ele fez um 21º e um quinto lugares. Na sexta e última foi penalizado e descartou um 36º.

Scheidt foi obrigado a se retirar da terceira regata desta segunda-feira em função da segunda punição pela regra 42, na qual os juízes entendem que o velejador usou o movimento do corpo para aumentar a velocidade do barco, ação conhecida por bombear. “Eu havia levado uma bandeira amarela no domingo e agora mais uma. Estou bem chateado com essa situação porque nos três eventos que participei nesse ano, nunca sofri esse tipo penalidade por essa regra. E sigo velejando do mesmo jeito. Ainda faltam quatro regatas e agora preciso tentar entender em que ponto o júri está interpretando o regulamento e o que preciso mudar para isso não ocorrer mais”, explicou.

Apesar de se manter no top 10, Scheidt sabe que terá dificuldades para garantir um lugar na medal race. “Essa punição impediu que eu subisse na classificação geral. O pior é que eu estava velejando de forma super conservadora, afinal, eu sabia que seria desclassificado caso tomasse a segunda bandeira amarela. Agora é continuar tentando fazer o meu melhor aqui em Enoshima e também aproveitar esses dois últimos dias também como um treino de luxo na raia olímpica”, declarou o bicampeão olímpico.

Finn, 470, RS:X e Narca 470

Jorge Zarif perdeu uma posição, mas ainda segue perto dos líderes da Finn. Está em quinto, com 31 pontos perdidos. Foi ultrapassado pelo neozelandês Andrew Maloney, que venceu as duas primeiras regatas do dia e agora tem 26 pontos perdidos. O líder tem dez e é o húngaro Zsombor Berecz. Nesta segunda foram três regatas, completando seis. O brasileiro fez um 11º um 9º e um segundo lugar.

Na 470 masculina, Geison Mendes e Gustavo Thiesen marcaram um 15º, 10º e 8º lugares e subiram para a 10ª colocação com 52 pontos perdidos em seis regatas. Estavam em 11º com 19.

Na 470 feminina Fernanda Oliveira e Ana Barbachan fizeram o caminho inverso e caíram uma posição, mas de oitavo para novo. Somam 41 pontos perdidos após 13º, 8º e 6º lugares nas regatas quatro, cinco e seis. São dez previstas.

Patrícias Farias, na RS:X feminina, caiu uma posição após as três regatas da vela do dia. Ficou em 14º, 16º e 8º. Descartou o 16º e está em 13º com 77 pontos perdidos. Tinha 40 no final de domingo e estava em 12º.

Na Narca 470 o evento teste de vela não avançou. Permanecem somadas as cinco primeiras regatas e os brasileiros Samuel Albrecht e Gabriela Nicolino permanecem em nono lugar, com 28 pontos perdidos.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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